segunda-feira, 10 de julho de 2023


10 DE JULHO DE 2023
CHAMOU ATENÇÃO

Bombeiro de quatro patas

Há cerca de quatro anos, um cachorro ainda filhote, magro e perdido apareceu no quartel dos bombeiros de Passo Fundo. Ninguém soube de onde ele veio, mas imediatamente um sentimento de amizade surgiu entre as equipes. Juntas se prontificaram a adotá-lo, dando a ele o nome de Sub, uma das patentes concedidas aos militares.

- Nos juntamos para dar água, comida, atendimento veterinário e pet shop. Fizemos uma caixinha e colocamos dinheiro lá. Ele não fica muito tempo limpo, está sempre passeando, embaixo dos carros, e acaba se sujando - comenta o primeiro-sargento Nilton Aguirre.

O cão tem vida livre e não fica preso. Sai para a rua, volta e circula pelos andares do prédio da corporação. É fácil encontrá-lo nas salas, de um lado para o outro, entre as repartições. Calcula-se que ele deva ter entre quatro e cinco anos de idade.

- É um vira-lata da paz, sempre atento, e isso é até engraçado. Às vezes estamos conversando e ele para. Fica observando de longe algo na rua, que se mexe, uma estátua. Mas está sempre brincalhão, gosta de carinho - salienta o soldado José Maurício dos Santos.

Inquietação

Em algumas situações, quando soa o alarme para um chamado ou uma ambulância sai para um atendimento, Sub fica inquieto, e às vezes vai correndo atrás do veículo.

Ele não atua no combate ao fogo, mas cumpre um papel também importante: aliviar a tensão de uma atividade que exige bastante dos profissionais.

- Chegamos cansados, estressados e ele está sempre disponível para correr, interagir, fazer a gente dar boas risadas. Na volta de algum local as pessoas às vezes dizem que tem um cão junto ao caminhão ou que ficou pelo caminho. É o Sub que cansou. Voltamos, colocamos ele para dentro e seguimos viagem - afirma Santos.

Se depender do comando, o cão vai seguir pelo quartel, quem sabe até ganhar uma promoção na carreira pelo trabalho que faz ao proporcionar calmaria em lugar tão corrido.

- Aonde vamos ele vai junto, quer sempre um mimo, um pedaço de carne ou se jogar na grama do campo de futebol. É só entrar na mesma onda que ele, que fica agitado e não sai mais de perto - diz Aguirre.

FÁBIO EBERHARDT

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