Um sonho de escola de R$ 6 milhões
Associação sem fins lucrativos que oferece educação e assistência para bebês, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade na zona sul de Porto Alegre, a Aldeia da Fraternidade concretizou um projeto ambicioso ao completar 60 anos. Com doações de cerca de R$ 6 milhões de empresários gaúchos, vai tirar do papel a Escola dos Sonhos. Os empreendedores propuseram que crianças, professores e demais envolvidos definissem onde sonhavam estudar e trabalhar, o que originou a nova escola comunitária de educação infantil.
Com a Escola dos Sonhos, a projeção é triplicar o número de atendidos na instituição, fazendo com que o atendimento chegue a mais de 350 bebês e crianças em três anos. A equipe atual receberá qualificação e novos profissionais das áreas pedagógicas e de nutrição serão contratados, além de uma equipe de especialistas na área de saúde e assistência para acompanhar o desenvolvimento de cada criança.
Uma edificação já existente foi aproveitada. A ampliação foi baseada em conceitos da neuroarquitetura, que considera o impacto do ambiente físico no comportamento humano, com materiais como concreto aparente, vidro e madeira.
A previsão é começar a obra em dezembro e concluí-la em 2025. Além de investimentos já garantidos com o apoio de empresários gaúchos, a Escola dos Sonhos terá apoio no projeto e construção de parceiros como a construtora Tedesco e o Instituto Jama. O atendimento especializado em saúde e nutrição será montado com apoio do Instituto Moinhos de Vento.
Até associação de bancos já vê corte de 0,5 p.p. no juro
Depois da melhora na perspectiva da nota de crédito do Brasil pela S&P, da deflação no IPCA cheio de junho e no IPCA-15 de julho, e do aumento do rating pela Fitch, não há mais dúvida: na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) vai abrir o ciclo de baixa no juro básico. A dúvida é sobre o tamanho do primeiro corte.
Muitos economistas seguem apostando em uma poda simbólica de 0,25 ponto percentual, que estaria alinhada à palavra "parcimônia" usada na ata da reunião anterior. Mas até uma associação de bancos - justa ou injustamente, associados a um suposta preferência por taxas mais altas - já aposta em corte de 0,5 ponto percentual. Na sexta-feira, a assessoria econômica da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) publicou nota em que oficializa sua convicção de que "há plenas condições para o início da flexibilização monetária, com uma queda na Selic de 0,5 p.p.". Ao justificar a aposta, pondera que "a decisão estaria alinhada ao balanço de riscos favorável, ao consistente processo de desinflação e à queda das expectativas, e ajudaria a reduzir o grau de aperto monetário".
Everton Gonçalves, superintendente da área, lembra que a taxa real de juros ex-ante, calculada com base na taxa prefixada do swap de 360 dias e nas expectativas de inflação dos próximos 12 meses, tem oscilado em torno de 7% ao ano, muito acima dos 4,5%, considerada a taxa neutra - que não provoca contração nem estimula crescimento - pelo Banco Central.
Além de menor pressão inflacionária e redução das incertezas no âmbito fiscal, Gonçalves aponta a contribuição da "tramitação favorável" do marco fiscal no Congresso e a aprovação da reforma tributária na Câmara. E afirma que a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de manter a meta de inflação para os próximos anos em 3% ajudou na chamada "reancoragem das expectativas" desejada pelo Copom.
- A percepção de um cenário fiscal mais benigno foi compartilhada pela recente elevação da classificação do risco soberano pela agência Fitch - destaca Gonçalves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário