segunda-feira, 10 de julho de 2023

10 DE JULHO DE 2023
É DEMÓÓÓÓIS

LIDERANÇA JUSTIFICADA

O Grêmio jogou muito. Massacrou o Botafogo em boa parte do jogo, colocou bola na trave e fez o goleiro operar grandes defesas. Suárez perdeu três gols e não aproveitou as oportunidades. O Botafogo se resignou a defender-se e conseguiu segurar o time gremista. No segundo tempo, o time carioca fez algumas modificações e colocou, entre outros, Matías Segovia, um jovem de pequena estatura que comandou o toque de bola do Botafogo, que envolveu o Grêmio no segundo tempo. O jogo que era todo do Tricolor. Os gremistas passaram a ser dominados, os toques curtos e envolventes dos cariocas foram a imagem do segundo tempo.

Foi um placar justo? Claro que sim. Apesar de o Grêmio ter jogado muito por dois terços da partida, não foi capaz de marcar. O Botafogo, ao contrário: quando produziu, teve ótimo aproveitamento. Faz parte. O líder continua assombrando o Brasil. São 85% de aproveitamento. Uma campanha fabulosa.

Vai até quando? O time carioca começa a ser conhecido como real candidato. Dá para dizer que tem um grande time. A realidade está nos mostrando que o líder se justifica. Abriu 10 pontos em relação ao segundo colocado.

PÊNALTI A camisa de Bitello é visivelmente puxada. A imagem da televisão é muito clara. O jogo estava 0 a 0, e o resultado final poderia ser diferente. Erros fazem parte da arbitragem. O VAR veio para ser uma solução. Mas não consegue. Se um jogador é puxado em sua camisa fora da área, a falta é marcada, e o infrator recebe cartão amarelo. Por que na área ficam com medo de marcar? Claro que foi pênalti em Bitello. O árbitro pode não ter enxergado, mas os auxiliares do VAR viram o lance e concluíram que não tivemos a infração. O Grêmio reclamou bastante. Com razão.

Existem erros e erros, mas como existe nas regras do futebol muita interpretação e subjetividade, cada um pensa uma coisa. Eu gostaria de saber o que as autoridades que não viram pênalti têm a falar sobre isso.

DERROTA O que o Inter mostrou no Maracanã foi decepcionante. Foi dominado todo o tempo pelo Fluminense. Não conseguiu jogar e ser competitivo. Começou com três atacantes e não conseguiu atacar. Defensivamente, também esteve frouxo. A série de 10 jogos de invencibilidade foi quebrada quando enfrentou um time com mais qualidade. Pior do que isso, apenas a atuação. Deixou muita preocupação porque terá de enfrentar o River Plate na Libertadores. Não teve Alan Patrick e precisou colocar em campo Valencia. Jogando pelo lado, nada conseguiu produzir. Não poderia ser diferente. Se o time não jogou nada, os atacantes ficam praticamente anulados pelo adversário.

Falta pouco menos de um mês para o Inter enfrentar o seu maior desafio, e Mano precisa encontrar soluções. No Brasileirão, a campanha é mediana, mas na Libertadores é mata-mata. Não pode voltar de Buenos Aires com resultado irreversível. Tem tempo para melhorar. E precisa melhorar.

SOLUÇÃO Valencia precisa ser encarado como solução. Ele representa um esforço financeiro grandioso da direção. Não será jogando na ponta direita, como aconteceu ontem, correndo atrás de laterais. Ele veio para ser protagonista. Não pode ser encarado como problema. A tarefa de achar o lugar onde ele pode render e qualificar o time do Inter é do treinador Mano Menezes.

Ele vai encontrar a melhor solução e mudar o time a partir do ingresso do equatoriano. Tem quase um mês para resolver esta dificuldade. Valencia é naturalmente melhor do que todos atacantes do Inter. O time colorado precisa ser muito melhor do que foi ontem, no Maracanã.

PEDRO ERNESTO

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