terça-feira, 18 de abril de 2017



18 de abril de 2017 | N° 18822
SAÚDE

Porto Alegre é a terceira capital mais hipertensa

SEDENTARISMO E ALIMENTOS PROCESSADOS alavancam doenças crônicas. Conforme pesquisa, 25,7% dos brasileiros adultos sofrem de pressão alta

Estudo divulgado ontem pelo Ministério da Saúde revela que o número de pessoas diagnosticadas com hipertensão no país cresceu 14,2% na última década, passando de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. As mulheres, novamente, registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de 25,2% para 27,5% no período, contra índices de 19,3% e 23,6% registrados entre homens.

De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o Rio de Janeiro é a capital com a maior prevalência de diagnóstico de hipertensão, com 31,7 casos a cada 100 mil habitantes.

Em seguida surgem Recife (28,4), Porto Alegre (28,2), Belo Horizonte (27,8), Salvador (27,4) e Natal (26,9). Palmas é a capital com menor índice de diagnósticos da doença, com 16,9 casos para cada 100 mil habitantes.

Também no caso da hipertensão arterial, o indicador aumenta com a idade e é maior entre os que apresentam menor escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 4%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 19,1% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 49%. O maior registro, entretanto, é na população com 65 anos ou mais, que apresenta índice de 64,2%.

Em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de estudo apresentam índice de diagnóstico de hipertensão de 41,8%. O percentual cai para 20,6% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 15% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.

NO PAÍS, 53,6% ESTÃO ACIMA DO PESO IDEAL

O excesso de peso no Brasil cresceu 26,3% nos últimos 10 anos, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. De acordo com a pesquisa, o problema é mais comum entre os homens: passou de 47,5% para 57,7% no período. Já entre as mulheres, o índice subiu de 38,5% para 50,5%.

Segundo o estudo, Rio Branco é a capital brasileira com maior prevalência de excesso de peso: 60,6 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Campo Grande (58), Recife, João Pessoa e Natal (56,6) e Fortaleza (56,5). Em Porto Alegre, o índice é de 54,9. Palmas é a capital brasileira com a menor prevalência de excesso de peso (47,7).

O levantamento revela que, no país, o indicador de excesso de peso aumenta com a idade e é maior entre os que têm menor escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 30,3%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o percentual é de 61,1% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, chega a 62,4%. Na população com 65 anos ou mais, o número é de 57,7%.

Em relação à escolaridade, 59,2% das pessoas que têm até oito anos de estudo apresentam excesso de peso. O percentual cai para 53,3% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 48,8% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.

A pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde diferencia excesso de peso ou sobrepeso de obesidade. A pessoa com sobrepeso tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou maior que 25). Já a obesidade implica em IMC igual ou superior a 30. Conforme os dados, a prevalência de obesidade no país duplica a partir dos 25 anos de idade, e é maior no grupo com menor escolaridade.

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