terça-feira, 29 de setembro de 2015



29 de setembro de 2015 | N° 18309
NO ATAQUE | Diogo Olivier

TENDÊNCIAS

Assim que virou a chave do Brasileirão para a Copa do Brasil, a Província de São Pedro se encheu de perguntas. Eu mesmo já fui instado a responder várias. É abrir a porta de casa bem cedinho e o vizinho dispara. Quem passa? Grêmio? Inter? Os dois? Nenhum? Haverá Gre-Nal?

Bem, bola de cristal ninguém tem. Pode-se falar em tendência, pelo que se vê no campo. Não sem antes, claro, dar uma passadinha no posto de saúde literário para aquela vacinação básica: favoritismo não ganha jogo, em mata-mata tudo pode acontecer, futebol é caixinha de surpresas e por aí vai.

Pois bem: a tendência é que Grêmio e Palmeiras eliminem Fluminense e Inter com naturalidade.

DIFERENÇAS

O Grêmio vem jogando um futebol consistente e com padrão. Oscila pouco. Exibe regularidade em bom nível, como no 3 a 1 sobre o Avaí. Terá o retorno de quase todos os titulares. Serão 40 mil ao seu lado na Arena. O Fluminense não faz uma partida convincente há meses.

O Inter vai da vitória heroica sobre o Corinthians ao empate medonho com o Figueirense. Acumula derrotas fora de casa em 2015. Argel montou uma equipe emergencial, com D’Alessandro, Sasha e Vitinho, mas eles não estarão no Allianz Parque. Tem de reconstruir um segundo time em apenas 40 dias de trabalho na hora de decidir.

São as tendências para amanhã.

DESEQUILÍBRIO

O Santos teve 62% de posse de bola. O Inter, 38%. Faltas? O Inter cometeu 16, quase o triplo do Santos, que exibiu outra estatística expressiva: nove arremates na direção de Alisson, entre gols, travessão e defesas salvadores. O Inter, três, somando o pênalti convertido por Valdívia.

Portanto, ao contrário do que afirmou Argel, o jogo não foi equilibrado, e sim desequilibrado em favor do Santos. Que, por isso, fez 3 a 1. Para corrigir a atuação ruim da Vila, é preciso, antes, aceitá-la e reconhecê-la.

INTER EM COPA

É hoje, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a sessão de estreia do documentário Copinha, Um Sentimento.

Em 30 minutos, o filme conta a história do Bar Copinha, há anos ponto de encontro gaúcho para assistir a jogos do Inter em Copacabana. Carlos Guilherme Vogel, Fábio Erdos e Marcelo Engstter assinam direção, roteiro e produção. A obra da Peleja Filmes foi bancada com doações de torcedores pela internet, entre elas uma bem generosa: da atriz Julia Lemmertz, colorada fanática.

COMANDO GAÚCHO

O gaúcho Luciano Elias foi contratado pelo Comitê Organizador Rio-2016 para ser o diretor-geral do Complexo Esportivo Deodoro, parque que receberá 11 modalidades dos Jogos Olímpicos, localizado na zona oeste. Indicado pela Fifa, Elias exerceu o cargo de gerente de operações do Beira-Rio durante a Copa do Mundo, ano passado.

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