terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


10 de fevereiro de 2015 | N° 18069
RBS BRASÍLIA | Carolina Bahia

Operação Sai da Toca

Depois de uma reunião de emergência entre os principais ministros da área política no Palácio da Alvorada, a conclusão é de que a presidente Dilma precisa sair da toca. Na tentativa de resgatar a popularidade perdida, Dilma passará a falar de maneira mais seguida com os jornalistas, voltará a gravar o Café com a Presidenta e ainda pretende fazer um pronunciamento em rede nacional logo depois do Carnaval. Neste discurso, ela fará a defesa da Petrobras e deve também comentar o pacote anticorrupção que será encaminhado ao Congresso Nacional.

Parte dos ministros defende que um pacote de bondades seja lançado ainda nesta semana. O problema é que não há projetos prontos. Programas de impacto, como o Mais Especialidades, estão ainda só no embrião. Se o problema do governo também é comunicação – além do escândalo da Petrobras –, o Planalto poderia começar explicando, de maneira transparente, os reajustes nos preços dos combustíveis e da energia.

Apaga a luz

Por falar em crise energética, o governo vai implementar um programa de economia de luz em prédios públicos federais em todo o país. O Conselho Nacional de Política Energética está finalizando o modelo e a intenção é colocar a campanha em prática logo depois do Carnaval. O Planalto não quer ouvir falar em racionamento, mas a lembrança do apagão do período Fernando Henrique Cardoso é inevitável. Também naquela época a Esplanada ficava às escuras a partir das 19h.

BANQUEIROS

As definições de segundo escalão continuarão na próxima semana com as nomeações nos bancos públicos. Na presidência da Caixa Econômica Federal deve ser confirmado o nome da ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior. No BNDES a tendência é de que permaneça Luciano Coutinho.

MESMO BARCO


O presidente do PT, Rui Falcão, esteve ontem no Palácio do Planalto ajustando o plano de tentativa de recuperação da popularidade da Dilma. A missão dele é mobilizar a militância e enquadrar os petistas que não perdem a oportunidade de reclamar publicamente da colega de partido.

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