sábado, 28 de junho de 2014


29 de junho de 2014 | N° 17844
PAULO SANT’ANA

Deus salvou o Brasil!

De cada dez disputas pelo alto, dentro ou fora das duas áreas, o Brasil ganhou nove. Isto quer dizer que fisicamente o Brasil levou uma grande vantagem.

O que quer dizer também que no restante, a técnica e a tática, o Brasil levou a pior, pois teimava em ficar empatado com o Chile.

Ir para a prorrogação com o Chile é desonroso para o Brasil. Porque temos mais time que o Chile, porque jogamos em nossa casa ontem com apoio de 90% dos torcedores.

Neste momento, escrevo antes de começar o segundo tempo da prorrogação. Só isso basta para que o Brasil não se inscreva como um dos favoritos ao título, se bem que o futebol é imponderável.

Paro o computador para ver a segunda fase da prorrogação.

Com 119 minutos de partida, portanto aos 29min de prorrogação, estourou no travessão brasileiro uma bola chutada pelo Chile, lembram?

Agora imaginem como eu me sentia: no bookmaker, eu tinha só uma aposta, ou seja, só ganharia a bolada se o Brasil vencesse na prorrogação.

Eu me sentia eletrizado, não pelo jogo, mas pela quantia que estava em jogo para mim. É emocionante.

Finalmente, depois de desperdiçar dois pênaltis, o Brasil passou para as quartas de final.

Há uma confusão em mim, será que estou eufórico porque o Brasil ganhou ou porque levantei R$ 60 mil no bookmaker.

Há uma confusão dentro de mim e uma profusão no meu bolso.

O Brasil passou a ser um dos oito candidatos ao título, mas perdeu a condição de favorito, ganhar do Chile nos pênaltis, até o Felipão considera uma vergonha.

Aos 119 minutos de jogo, em plena prorrogação, faltando um minuto para terminar o jogo e ir para os pênaltis, o Chile mandou um canhonaço no travessão brasileiro.

E, no último pênalti cobrado pelo Chile, a bola chutada por Jara foi na trave brasileira.


É muita coisa!

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