29
de junho de 2014 | N° 17844
PAULO
SANT’ANA
Deus salvou o
Brasil!
De
cada dez disputas pelo alto, dentro ou fora das duas áreas, o Brasil ganhou
nove. Isto quer dizer que fisicamente o Brasil levou uma grande vantagem.
O
que quer dizer também que no restante, a técnica e a tática, o Brasil levou a
pior, pois teimava em ficar empatado com o Chile.
Ir
para a prorrogação com o Chile é desonroso para o Brasil. Porque temos mais
time que o Chile, porque jogamos em nossa casa ontem com apoio de 90% dos
torcedores.
Neste
momento, escrevo antes de começar o segundo tempo da prorrogação. Só isso basta
para que o Brasil não se inscreva como um dos favoritos ao título, se bem que o
futebol é imponderável.
Paro
o computador para ver a segunda fase da prorrogação.
Com
119 minutos de partida, portanto aos 29min de prorrogação, estourou no
travessão brasileiro uma bola chutada pelo Chile, lembram?
Agora
imaginem como eu me sentia: no bookmaker, eu tinha só uma aposta, ou seja, só
ganharia a bolada se o Brasil vencesse na prorrogação.
Eu
me sentia eletrizado, não pelo jogo, mas pela quantia que estava em jogo para
mim. É emocionante.
Finalmente,
depois de desperdiçar dois pênaltis, o Brasil passou para as quartas de final.
Há
uma confusão em mim, será que estou eufórico porque o Brasil ganhou ou porque
levantei R$ 60 mil no bookmaker.
Há
uma confusão dentro de mim e uma profusão no meu bolso.
O
Brasil passou a ser um dos oito candidatos ao título, mas perdeu a condição de
favorito, ganhar do Chile nos pênaltis, até o Felipão considera uma vergonha.
Aos
119 minutos de jogo, em plena prorrogação, faltando um minuto para terminar o
jogo e ir para os pênaltis, o Chile mandou um canhonaço no travessão
brasileiro.
E,
no último pênalti cobrado pelo Chile, a bola chutada por Jara foi na trave
brasileira.
É
muita coisa!
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