terça-feira, 17 de junho de 2014


17 de junho de 2014 | N° 17831
 DAVID COIMBRA

QUE CAMISETINHA, URUGUAI!

Aquela camisetinha apertadinha, toda justinha, do Uruguai. Francamente. O que é que o Mujica pensa daquela camisa? Ele usaria aquela camisa? Alguém dirá que o Mujica já passou do tempo de usar coisas coladinhas ao corpo. Está bem. Ele, com 20 anos de idade, usaria aquela camisetinha?

Espero que não. A gente erra na juventude, mas estamos falando da Celeste Olímpica, da seleção de Obdulio Varella, que ganhou do Brasil dentro do Maracanã no peitaço, no grito e no tapa.

Toda essa metrossexualidade só poderia acabar nisso: 3 a 1 para a Costa Rica. Que sirva de lição. Espero que na próxima Copa o Uruguai venha com uma camisa de uruguaio, com gola e tudo, cada jogador com a barba de três dias e sem rir. Por favor: sem rir. Ah, e de chuteira preta. Não esqueçam: chuteira preta.

A COPA DO CRAQUE

-Vi o comentário do ex-atacante holandês Van Nistelrooy na ABC Television sobre os favoritos para vencer a Copa do Mundo. Ele falava antes do jogo da Argentina contra a Bósnia. Disse: – Essa é a Copa de Messi. Depois, Messi jogou com energia, com explosão muscular, com concentração. É certamente o maior craque do mundo, o que me faz estremecer de horror. Talvez Van Nistelrooy tenha razão. Talvez essa seja a Copa de Messi.

UM GOL QUE FOI UMA LIÇÃO

-O gol da vitória da Suíça contra o Equador foi uma obra de construção moral. Foi um monumento à persistência. O jogo havia entrado nos acréscimos, dois minutos e meio depois do tempo regulamentar. O Equador atacava. Estava dentro da área suíça, na iminência de fazer o gol. Era só chutar. O jogador equatoriano tentou limpar o lance e o zagueiro, deitado, tirou-lhe a bola.

O atacante equatoriano levou as mãos à cabeça, virando-se de costas para a jogada, lamentando a chance desperdiçada e, na prática, desistindo do jogo. Enquanto isso, um jogador da Suíça tentava avançar na intermediária e era derrubado.

Mas ele não ficou caído na grama: levantou-se, seguiu arrastando a bola com dificuldade, meio aos trambolhões, e abriu o passe para o lado direito. Ao mesmo tempo, meio time da Suíça corria com sofreguidão em direção à área. A bola acabou atravessada na marca do pênalti e o jogador suíço que tinha entrado fazia pouco tempo empurrou para o gol. Gol de Libertadores na Copa do Mundo.

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