quarta-feira, 11 de junho de 2014


11 de junho de 2014 | N° 17825
ARTIGO - Maria Aparecida Vieira Souto*

EVITE O ABUSO SEXUAL NA COPA

A Copa do Mundo chegou. E os abusadores sabem que, em tais ocasiões, crianças e adolescentes ficam elétricos e mais suscetíveis. Portanto, atenção máxima à sua proteção.

Elas devem saber que abusadores, geralmente, têm comportamento gentil, porém enganador, sendo compreensível sentirem-se tentados a aceitar o que propõem.

Há necessidade urgente de reforçar estratégias a serem usadas durante a Copa, diante de risco ou suspeita de abuso sexual.

Assim sendo, deverão: recusar carona para ir às festas dos jogos sem que haja combinação e verificação prévias, rejeitar convites para assistir a jogos na casa de alguém sem autorização, somente sair da escola com a pessoa com a qual isto esteja acertado, impedir que toquem em seu corpo de maneira inconveniente, sob a alegação de se estar comemorando um gol.

Assegurem-se de que tanto a criança quanto o adolescente saibam quatro coisas: 1. todo o nome completo, 2. o próprio endereço, 3. o número de um telefone e, principalmente, 4. o que deve fazer para conseguir ajuda em uma situação imprevista ou de urgência. Por exemplo, aproximar-se de um grupo de pessoas, entrar em uma loja, falar com um policial militar, relatar o que está acontecendo e fornecer seus dados.

Durante a Copa, os diferentes agentes da rede de proteção à criança e ao adolescente estarão visualmente identificados e circulando pelos locais de realização dos eventos comemorativos, podendo ser procurados por aqueles que tiverem vivido e/ou assistido algum tipo de abuso sexual.

Os abusadores não aceitam recusas e insistem. Diante disto, as crianças e os adolescentes deverão dizer não bem alto para que outras pessoas escutem. Se o agressor não desistir e ninguém acudir, a melhor estratégia é gritar fogo! E sair, imediatamente do lugar. Deverão também contar para alguém o ocorrido e buscar ajuda

Vale lembrar que a estratégia de gritar fogo poderá se usada em qualquer situação de abuso sexual. Ela é difundida em todo o mundo, visto que as pessoas são mais sensíveis a gritos de fogo do que de socorro.

Gritem fogo e alguém ajudará.


*Assistente social, membro do Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de Porto Alegre

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