11
de junho de 2014 | N° 17825
ARTIGO
- Maria Aparecida Vieira Souto*
EVITE O ABUSO SEXUAL NA
COPA
A
Copa do Mundo chegou. E os abusadores sabem que, em tais ocasiões, crianças e
adolescentes ficam elétricos e mais suscetíveis. Portanto, atenção máxima à sua
proteção.
Elas
devem saber que abusadores, geralmente, têm comportamento gentil, porém
enganador, sendo compreensível sentirem-se tentados a aceitar o que propõem.
Há
necessidade urgente de reforçar estratégias a serem usadas durante a Copa,
diante de risco ou suspeita de abuso sexual.
Assim
sendo, deverão: recusar carona para ir às festas dos jogos sem que haja
combinação e verificação prévias, rejeitar convites para assistir a jogos na casa
de alguém sem autorização, somente sair da escola com a pessoa com a qual isto
esteja acertado, impedir que toquem em seu corpo de maneira inconveniente, sob
a alegação de se estar comemorando um gol.
Assegurem-se
de que tanto a criança quanto o adolescente saibam quatro coisas: 1. todo o
nome completo, 2. o próprio endereço, 3. o número de um telefone e,
principalmente, 4. o que deve fazer para conseguir ajuda em uma situação
imprevista ou de urgência. Por exemplo, aproximar-se de um grupo de pessoas, entrar
em uma loja, falar com um policial militar, relatar o que está acontecendo e
fornecer seus dados.
Durante
a Copa, os diferentes agentes da rede de proteção à criança e ao adolescente
estarão visualmente identificados e circulando pelos locais de realização dos
eventos comemorativos, podendo ser procurados por aqueles que tiverem vivido
e/ou assistido algum tipo de abuso sexual.
Os
abusadores não aceitam recusas e insistem. Diante disto, as crianças e os
adolescentes deverão dizer não bem alto para que outras pessoas escutem. Se o
agressor não desistir e ninguém acudir, a melhor estratégia é gritar fogo! E
sair, imediatamente do lugar. Deverão também contar para alguém o ocorrido e
buscar ajuda
Vale
lembrar que a estratégia de gritar fogo poderá se usada em qualquer situação de
abuso sexual. Ela é difundida em todo o mundo, visto que as pessoas são mais
sensíveis a gritos de fogo do que de socorro.
Gritem
fogo e alguém ajudará.
*Assistente
social, membro do Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes de Porto Alegre
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