29
de novembro de 2013 | N° 17629
PAULO
SANT’ANA
Ontem foi um dia
fatigante
Foi
sem dúvida ontem o dia mais estafante de minha vida. Além de cuidar desta
coluna e do blog que tenho, que bateu anteontem um recorde de 21 mil acessos,
nem me lembro sobre o que falei, fui alvo ontem de inúmeras entrevistas, parece
que todos se reuniram sem se combinar para falar comigo.
Desde
cedo, o Andrei Kampff me procurava para me entrevistar para o Esporte
Espetacular, da Globo, queria me ouvir sobre os 30 anos da conquista do mundial
em Tóquio pelo Grêmio.
Além
disso, a pessoa que mais sabe sobre mim, o Adriano Mazzarino, destacado
jornalista de Encantado, queria me entrevistar sobre todos os assuntos. Foi uma
entrevista agradável, é lógico, ele só queria que eu falasse sobre mim. Então,
deitei e rolei.
Além
disso, os dirigentes da Net Eduardo Dall’Agno e Zento Kulczynski vieram até ZH,
é incrível, prestar contas a mim das modificações que sofrerá a Net no painel
de seus canais, que serão agora agrupados por assunto, o que facilitará a
procura dos assinantes na grade.
Ouvi
o relatório e aprovei.
Tinha
mais: era o dia da Festa dos Jubilados na RBS. E, entre centenas de
homenageados meritórios, estavam o Pedro Sirotsky e o Fernando Ernesto Corrêa,
duas pessoas que me amam e sobre as quais nutro o sentimento recíproco
exatamente correspondente.
Pedro
Sirotsky e Fernando Ernesto Corrêa pertencem ao relicário mais alto e profundo
do meu coração.
Os
dois somam juntos quase um século de serviços prestados às comunicações e à
RBS.
Foi
um dia estafante. Emocionei-me tanto durante o dia, que à noite eu perguntava:
“Coração, por que é que tu não paras?”.
Sou
um mal-agradecido, mas a verdade é que as pessoas e as entidades têm
reconhecido largamente o meu trabalho nesses 43 anos de RBS.
A
gente, às vezes, se sente injustamente esquecido, mas isso é natural. Da minha
parte, não tenho por que me queixar. O meu meio é pronto e solícito em
agradecimentos e louvores ao que fiz em minha profissão.
Se
há alguém que falhe, devo ser eu. É possível que por vezes eu me esqueça do
mérito dos outros.
Sem
os outros, eu e todos não seríamos ninguém.
“O
inferno são os outros”, disse o grande Sartre. Entendi-o, mas o céu também são
os outros. Sem eles, nada significaríamos.
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