sábado, 23 de novembro de 2013


24 de novembro de 2013 | N° 17624
FABRÍCIO CARPINEJAR

O que tira uma mulher do sério?

– Receber um beijo um pouco mais longo e concluir que ela quer sexo e ir descendo a mão;

– Deixar as tampas abertas dos potes;

– Elogiar pelo motivo errado: gostar do vestido que ela usa há três anos ou confundir a camisola de seda com roupa de sair;

– Não desembaraçar as peças antes de pôr na máquina;

– Não expor o que deseja fazer no final de semana;

– Nunca controlar a data de validade dos produtos na geladeira (não somente no supermercado);

– Debochar de tudo, não ter limite para a piada;

– Dizer que ela está ficando parecida com a mãe;

– Responder ok no fim de uma briga.

– Acreditar que as mentiras pequenas não são mentiras;

– Alterar o horário de um encontro e deixá–la esperando;

– Começar conversas paralelas com amigos e não explicar o que está falando;

– Rir do nada e responder que é nada;

– Submetê–la a reverenciar seu churrasco todo domingo.

– Demorar de propósito a retornar um torpedo ou uma ligação e responsabilizar o excesso de trabalho;

– Não trocar as cuecas da gaveta;

– Pedir para ela cozinhar com a justificativa calhorda de que “ninguém faz aquela comida como você”;

– Concordar rápido por preguiça. Dizer o que ela quer ouvir, não dizer porque acredita;

– Achar que declarar eu te amo uma vez ao dia é suficiente;

– Avisar que ela está em TPM fora do período da TPM;

– Esconder meias sujas nos tênis;

– Fugir das respostas objetivas;

– Armar festa com amigos em casa logo depois de uma briga;

– Pedir ajuda para procurar o que perdeu;

– Justificar em vez de assumir a culpa;

– Trocar de canal enlouquecidamente no momento do comercial;

– Disfarçar a falta de vontade na avareza. Aceitar participar de um passeio e reclamar de qualquer coisa, do preço do estacionamento ao preço do cinema;

– Fazer massagem nas costas com uma única mão, com aquela disposição de doente terminal;

– Regredir a dicção na presença da sogra;

– Almoçar na casa da família e sestear enquanto ela tem que entreter os sogros;

– Dirigir trocando música da rádio e com o celular no ouvido e ainda xingar os outros motoristas por distração;

– Nunca pensar duas vezes antes de ter ciúme e cometer injustiças;

– Pegar a lixa preferida de unha dela como material de construção;

– Isolar–se com o videogame para esfriar a cabeça, e jamais regressar ao convívio;

– Passar o telefone com alguém que ela nem tem intimidade;


– Chegar atrasado ao arrependimento. O amor é pontual. E o perdão cansa de esperar.

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