quarta-feira, 27 de novembro de 2013


27 de novembro de 2013 | N° 17627
ENSINO MÉDIO, MESMO

RS é oitavo no ranking do Enem

Considerando o desempenho de estudantes de escolas públicas e privadas, Estado tem presença discreta em avaliação do MEC
As escolas do Rio Grande do Sul têm presença discreta na elite da educação do país, de acordo com os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. Entre os 100 estabelecimentos que mais pontuaram na soma das quatro provas, excluída a redação, há apenas dois colégios gaúchos, ambos federais.

Na lista, figuram 37 escolas paulistas, 26 fluminenses e 17 mineiras. A melhor instituição particular gaúcha aparece na 111ª posição.

E não é só no topo que a performance dos estudantes do Estado desaponta. Eles também tiveram resultados modestos na média. Levando em conta o desempenho geral do Ensino Médio, incluindo escolas públicas e privadas, o Estado alcançou apenas a oitava colocação, na comparação com as outras 26 unidades da federação. Em 2011, o cálculo informal das médias já havia colocado o Rio Grande do Sul em oitavo lugar. Um ano antes, era o quarto melhor.

Nem a redação salvou os gaúchos. Só um colégio do Estado, o Cenecista João Batista de Mello, de Lajeado, aparece entre os 100 do país com melhores notas (leia o texto na página ao lado). Os dados do Enem de 2012 somam-se a uma série de outros indicadores educacionais a lançar, nos últimos tempos, um alerta para a qualidade do ensino no Rio Grande do Sul.

Notas oficiais embasam a lista elaborada por Zero Hora

Ao divulgar as notas do Enem, o Ministério da Educação (MEC) decidiu não calcular a média geral de todas as escolas. Entretanto, para avaliar a situação das instituições gaúchas na prova, Zero Hora somou as médias das quatro áreas do conhecimento, excluindo a redação por ser uma prova diferente das demais, que são objetivas. Embora não tenha o respaldo do MEC, o ranking foi elaborado com base nas notas oficiais.

O professor de matemática Gustavo Reis explica que o cálculo de uma média oficial teria de levar em conta questões como a diferença de peso dada a cada área do conhecimento, além do índice de participação de cada escola, já que em algumas participam todos os estudantes e em outras, apenas metade. Ele lembra também o caso de alguns alunos que fazem o primeiro dia de prova e não comparecem no segundo.


itamar.melo@zerohora.com.br

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