quarta-feira, 27 de julho de 2011


FÁBIO TAKAHASHI - DE SÃO PAULO

FGV cria graduação em administração pública

Profissional poderá atuar em governos, partidos políticos, ONGs e empresas

Curso começará no ano que vem e mensalidade custará R$ 2.531; parte da nova graduação será realizada no exterior

A partir do ano que vem, a FGV-SP oferecerá uma nova graduação: administração pública, que exigirá parte dos estudos no exterior.

Com 50 vagas por vestibular, o curso será em tempo integral e custará R$ 2.531 ao mês. Até este ano, a área pública era apenas uma habilitação do tradicional curso de administração da escola.

Foi gratuita até a década de 1990, quando era custeada pelo governo de SP.

A avaliação da FGV-SP é que, em geral, a opção atraía alunos não suficientemente engajados, pois a maioria escolhia administração de empresas como primeira opção e ia para pública para aguardar vaga na opção inicial.

Outra explicação, afirma a escola, é que tem aumentado a demanda por profissionais com boa formação para atuar no poder público, em ONGs e em empresas privadas com negócios com governos.

A instituição aproveitou a mudança para selecionar melhor os calouros e alterou o projeto pedagógico. Agora, o aluno deverá estudar um bimestre no exterior.

O graduando deverá ir para uma instituição parceira de ensino e pesquisa da América Latina, China, Índia ou África de língua portuguesa.

"Queremos que o estudante sinta a realidade local de países onde a inserção do Brasil já é forte e tem aumentado", disse o coordenador do curso, Fernando Abrúcio.
A princípio, o período no exterior será financiado pelo próprio aluno, mas a FGV-SP deve negociar auxílios financeiros para a viagem.

O curso buscará ainda melhorar a relação entre conhecimento prático e teórico. Aulas expositivas serão de manhã e, à tarde, haverá atividades como estudos de caso.
"O mercado para administrador público é grande", disse Carlos Monteiro, consultor de universidades.

"Municípios, por exemplo, precisam de profissionais que façam gerenciamento, independentemente do prefeito eleito."

Presidente do conselho regional de administração, Walter Sigollo também concorda com o curso. "Quem trabalha no setor público precisa conhecer amarras e legislações específicas."

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