sábado, 30 de julho de 2011



30 de julho de 2011 | N° 16777
PAULO SANT’ANA


Só 15 linhas

Que século! Os Estados Unidos estão a ponto de quebrar e passar o calote em seus credores!

E que culpa terá o Brasil se os Estados Unidos forem à falência? Mas há um justificado temor de que todos no mundo venham a sofrer as consequências dessa moratória norte-americana.

Grécia e Estados Unidos quebrados, sou capaz de retirar toda a minha caderneta de poupança.

Será que o capitalismo é mesmo inviável?

Eu havia pedido para os leitores não escreverem mais do que 15 linhas. Eu precisava ler os e-mails de todos e, assim extensos, eu não conseguia.

Pois bem, ontem um leitor iniciou seu e-mail dizendo que sabia não dever escrever mais que 15 linhas. E a seguir escreveu 50 linhas. Desisto.

Mas não li nenhuma linha desse leitor.

É um desaforo a pessoa escrever 90 linhas para um colunista e achar que ele tem a obrigação de lê-la. Não tenho. E não vou ler. Desculpem, mas tem de haver normas de bom senso.

Se leio todos os exageradamente extensos, não tenho tempo para ler os corretamente não extensos.

Como já cientifiquei a todos, com a radioterapia perdi o paladar, o apetite e a saliva. E, de quebra, portanto, perdi 12 quilos.

Eu queria perder era o paladar do relacionamento. Assim como não consigo ingerir alimentos sólidos, evitaria de engolir os chatos.

E só me alimentaria das pessoas líquidas, isto é, dos indivíduos agradáveis e bem-humorados.

Recebo do tenente-coronel José Carlos Riccardi Guimarães, presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, o seguinte: “Prezado amigo Paulo Sant’Ana. Agradeço publicamente teu reconhecimento ao profícuo trabalho que temos realizado.

Mas sobre aquele parágrafo em que escreveste que nenhum governo ousaria quebrar a equiparação salarial entre delegados de polícia e oficiais da BM, isto que escreveste é retrato do diferenciado observador social que és, eis que a inteligência constitucional assegura a existência das duas polícias, certos e recentes governos é que têm desconsiderado esse equilíbrio, em desfavor não da oficialidade da BM, mas da sociedade gaúcha”.

Recebo do tenente-coronel da BM RR Paulo Francisco Martins Pacheco, sobre aquela mesma coluna minha: “Certo de que o senhor, após bem informado, reassumirá a posição de medianidade perfeita no pleito da equiparação salarial entre delegados de polícia e oficiais de nível superior da BM, sublinho que já houve um desequilíbrio no governo Yeda: os delegados foram contemplados com 24% de aumento, enquanto os oficiais superiores receberam apenas 19%.

Note-se que, se fosse verdade o que afirma em sua coluna, não teríamos uma defasagem salarial tão grande entre o capitão da BM e o delegado de 1ª classe, bem como não haveria esse disparate entre o coronel e o delegado de 4ª classe. Receba minha maior admiração (que resulta sempre da soma do respeito com o espanto)”.

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