quinta-feira, 14 de julho de 2011



14 de julho de 2011 | N° 16760
PAULO SANT’ANA


Eu acredito em Deus

Gostaria de dizer, para quem interessar possa, que acredito em Deus.

E acredito em Deus principalmente porque, se não acreditasse, estaria crendo em coisas muito menos atraentes do que ele, perdendo tempo assim com elas.

Quando leu no computador a primeira frase desta coluna, o colega Nílson Souza me disse que já sabe que eu acredito em Deus, “o problema é saber se Deus acredita em ti”.

Resposta pronta minha ao meu colega: “Claro que Deus acredita em mim, se não acreditasse, não teria me enviado para este inferno aqui da Terra.”

Já o colega Moisés Mendes zombou da minha crença: “Deus é a melhor invenção da humanidade.”

E eu retruquei imediatamente: “É o contrário, a humanidade é a pior invenção de Deus.”

Prezo menos todas as outras teorias sobre a origem da vida do homem na Terra do que a de que foi Deus que nos mandou para cá.

Inclusive a teoria evolucionista de Darwin, que não descarto, mas que afirmo ser uma secundária explicação sobre o desenvolvimento da vida na Terra, determinado por Deus.

Insisto: foi Deus quem criou Darwin.

O fato é que ao meu redor existem alguns milagres e vivem aparecendo outros tantos todos os dias, dando-me a noção exata da compreensão de Deus.

É preciso que eu explique que não entendo Deus como um ancião barbudo, feito à imagem do homem, como dão a compreender certas publicações, inclusive religiosas.

Entendo Deus como um ímã, oculto no infinito, uma entidade de luzes e alicerces espalhados em torno dele.

Mas me confesso impotente para interpretar Deus na seguinte questão: se ele se intromete com seus desígnios, ainda depois que o homem nasce.

Essa é a maior encrenca que se passa no meu cérebro para explicar a minha inarredável fé em Deus.

Pela minha tese, Deus não tem de ser explicado, tem de ser sentido e acreditado.

E eu repito que tenho indícios veementes de que Deus existe.

Alguns evito agora de apresentá-los porque antes que o faça já existem argumentos engatilhados na ponta da língua dos não crentes para contestar-me, o que daria um discussão que nem um milhão de colunas como esta esclareceria.

Mas, cá para nós, se Deus não existe, por que tantos vivem duvidando dele?

Eu só duvido do que existe. Não sou néscio para duvidar do que não existe.

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