sábado, 16 de julho de 2011



16 de julho de 2011 | N° 16762
ANTONIO AUGUSTO FAGUNDES


O Laçador está vivo

No dia 12 de julho, o grande Paixão Côrtes completou 84 anos. Eu costumo dizer que Paixão Côrtes é uma estátua que caminha. Fiz, para isso, um poema, que aqui vai em homenagem ao maior de todos os gaúchos:

O Laçador está vivo

Já desceu do pedestal

Foi procurar um cavalo

Trocou laço por bucal

Cansou de ficar parado

Na entrada da Capital.

Ele vive, não se foi

Como Glaucus, como Lessa

Não importa se não saibam

A tradição recomeça.

Na chula o homem é quem dança

A lança é só uma peça.

O Laçador está vivo

Na palma da sua mão

O pago nasce de novo

Rebenta um sol num clarão

Se um piá seguir seu rastro

No rumo da tradição

São sementes de Paixão.

Ele é um dos três reis magos

Que de um terno vão e vêm

Na Santíssima Trindade

Ele é um dos Santos também

Mais gaúcho do que ele

Ainda não nasceu ninguém.

Agora ele está de volta

De pé no seu pedestal

Ele é uma estátua de bronze

Porem é mais que o metal

E viverá para sempre

Porque nasceu imortal.

Nenhum comentário: