segunda-feira, 6 de dezembro de 2010



06 de dezembro de 2010 | N° 16541
PAULO SANT’ANA


Exército do povo

Não me arrependo, pelo contrário, me orgulho, de há muitos anos defender por esta coluna a participação das Forças Armadas na segurança pública interna, ajudando as polícias.

Agora mesmo, a Marinha está se preparando para a invasão das favelas da Rocinha e do Vidigal, postadas estrategicamente na Zona Sul, o setor de habitações de moradores de maior poder aquisitivo no Rio de Janeiro.

Era óbvio e lógico que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica tinham de entrar na dança. E sem eles era impossível combater o crime e livrar a cidade do jugo imposto pelas forças delinquenciais.

Felizmente, as Forças Armadas incorporaram, definitivamente, o metabolismo policial em sua atuação.

Convém elogiar o presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, por terem se atirado obsessivamente neste objetivo.

Hosanas!

Nunca, sem ver seu time campeão, uma torcida vibrou tanto com sua equipe como os gremistas atualmente.

Robustece-se a certeza de que se Renato tivesse dirigido o time do Grêmio desde o início do campeonato, seria o Grêmio o campeão.

Nunca, portanto, um time mereceu tanto se classificar para a Libertadores como o Grêmio o está merecendo.

Não se sabe se o Grêmio ingressará na Libertadores de 2011. Ainda resta a esperança de que o Independiente revire a vantagem do Goiás.

Só a leve esperança em toda a vida transforma qualquer indivíduo, mais nada. Quarta-feira que vem será um grande dia para o Grêmio, mais ainda singelo, estranho e excêntrico porque teremos de torcer por argentinos. Mas, enfim, este ano nós, gremistas, já torcemos até para o Internacional que se prepara para Abu Dhabi, que mal há que agora torçamos para los hermanos?

Paulo Odone cumpriu com seu dever gremista quando recontratou Renato para o ano que vem.

Isso enche o coração gremista de confiança, algo de mais glorioso está para nos acontecer.

Aquele Olímpico lotado de ontem, que viu uma espetacular vitória do Grêmio contra o Botafogo, há de se incendiar em 2011, no rumo da vitória e da consagração.

A raça gremista está merecendo a glória.

Vêm lá do Call Center da Zero Hora notícias que me deixam exultante: os números dizem que esta coluna está cada vez mais conquistando a preferência maçica dos leitores de nosso jornal.

“Você está cada vez melhor”, me incentiva o diretor de produto da RBS, Marcelo Rech.

Chega a ser um milagre que, embarafustado entre tantos contratempos de saúde, eu consiga reunir forças para manter-me atuante no meu posto de trabalho.

Trabalho. Este é o segredo. Com a diferença que gosto do meu trabalho, que vibro intensamente com o que faço, contando com a simpatia e o gosto dos leitores, que me dedicam uma fidelidade canina há quase 40 anos, no ano que vem receberei a jubilação de quatro décadas a serviço da RBS, o que quer dizer a serviço do meu Estado, dos gaúchos, da causa do jornalismo.

Os números do Call Center divulgados ontem me deixaram repleto de contentamento.

E qualquer dia destes vou confraternizar pessoalmente com os 600 servidores do Call Center de Zero Hora.

Vou levar comigo um violonista.

Nenhum comentário: