quinta-feira, 4 de novembro de 2010



04 de novembro de 2010 | N° 16509
CLAUDIA TAJES


As chatices dos humanos

Entre as várias categorias dos humanos, muito além das subdivisões gremistas e colorados, existe a dos invasivos, aqueles que não conseguem respeitar o espaço alheio. Não que o façam por mal ou com o objetivo de causar algum transtorno.

Os humanos invasivos apenas não agem dentro dos limites da discrição e da boa educação, espalhando suas personalidades exuberantes pelo mundo. Por isso mesmo, costumam ser chatos, para não dizer chatíssimos. Aqui, alguns exemplos para ilustrar o assunto.

Tem o humano que, no cinema, passa toda a sessão batendo com o pé na poltrona da frente, tipo de interferência que chega a estragar o prazer de assistir ao filme. O chute contínuo na poltrona da frente também é bastante praticado em aviões, com o agravante da vítima não poder sair no meio para acabar com o incômodo.

Existe o humano que, ao volante, mal o sinal abre e, ao cabo da grandeza matemática conhecida por pentelhésimo de segundo, buzina para o carro da frente andar. Não dá tempo nem de piscar e ele já está buzinando. É um caso clássico.

Há também os humanos do sexo masculino que abraçam a gente com proximidade demais, considerando a relação formal até então mantida. Basta um encontro casual na Feira do Livro e pronto, lá vem um abraço de corpo inteiro, daqueles que obrigam a vítima a fazer um malabarismo com a coluna para deixar a região abaixo da cintura bem longe da saliente zona pélvica do humano que aplica o abraço de urso.

Não se pode esquecer de todos os humanos que conversam ao celular em voz alta, forçando o público em volta a participar da escolha de um cardápio, da evolução da dermatite alérgica de um tio ou de uma briga pegada entre vizinhos.

Humanos que atuam como DJs de ônibus, uma nova modalidade. Basta tirar o fone do mp3 às sete da manhã e compartilhar as piores músicas jamais compostas com os demais passageiros, ainda que eles não queiram. Prova de que a criatividade de um humano invasivo é mais que insuperável.

É desumano

Recebi um e-mail dos mais simpáticos do Antônio Augusto Fagundes, o grande Nico Fagundes, lançando uma questão: por que as mulheres sempre têm um amigo gay? Logo, logo, e após a conclusão de algumas pesquisas, vou arriscar a resposta para o Nico aqui na coluna.

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