Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 20 de novembro de 2010
20 de novembro de 2010 | N° 16525
PAULO SANT’ANA
Exigindo citação
Parece mentira, mas a Martha Medeiros é colunista de Zero Hora.
Eu digo que parece mentira porque ela nunca vem à Redação. Eu não sei de onde eu tirei que colunista tem de vir à Redação. O Luis Fernando Verissimo nunca vem à Redação e é ímpar.
Já eu sou um rato de Redação, jamais conseguiria escrever uma coluna que não fosse na Redação.
Mas o meu assunto é de esguelha a Martha Medeiros. Acontece que, na semana passada, ela escreveu uma bela crônica, em que disse que nós, gaúchos, temos a mania de não levar à frente os nossos melhores projetos.
Ela escreveu com razão que ainda agora teimamos em não realizar a revitalização do cais do porto aqui da Capital.
É necessário – e, mais que necessário, é imprescindível – revitalizar o cais do porto, abrir uma janela para as pessoas poderem enxergar o Guaíba, construir cafés no cais, bares, teatros, livrarias, enfim, dar vida ao cais.
E os deputados ficam embromando para concordar com a intenção adequada do governo de revitalizar o cais. Vão estudar o projeto.
Mas estudar o que, se tudo já foi estudado?
Revitalizem logo o cais, digo eu, como a Martha já tinha escrito.
Na mesma crônica, a Martha Medeiros escreveu que essa indecisão soturna dos gaúchos teima em não cercar o Parque da Redenção. Ela não entende como, governo sobre governo, não cercam a Redenção, quando está na cara que a salvação do parque é o cercamento.
Pois bem, acontece, no entanto, que a Martha Medeiros perdeu uma excelente oportunidade para me citar quando falou no cercamento da Redenção, porque fui eu o vereador que propôs isso há 30 anos, quando quase fui linchado pelas entidades comunitárias, chamado de nazista, que cerca era para campo de concentração e não para parque e outras acusações.
Por que será que a Martha Medeiros não me citou? Eu só a absolvo porque parece ser de seu estilo não citar ninguém que more aqui em Porto Alegre. Ela cita muito autores literários, preferencialmente estrangeiros.
Por que não me citar? Estranho isso. Notem que já escrevi inúmeras vezes o nome da Martha. Eu a cito e ela não me cita. Por que será esse encaramujamento da Martha (olha aí eu a citando pela quinquagésima vez), esse ensimesmamento da Martha?
Eu devo estar equivocado, ela não me cita acho que por timidez. Talvez ela pense que precisa de licença minha para me citar. Está enganada. Eu a libero para me citar, principalmente quando é adequado e imperioso que me cite. Caso do cercamento da Redenção.
Porque não me citar quando se fala em Parque da Redenção é a mesma coisa que escrever um livro sobre futebol e não citar o Pelé.
Exalto a sensibilidade da dona Eva Sopher, que, como diretora do Theatro São Pedro, mandou colocar cinzeiros na ampla sacada do foyer do teatro, de onde se vislumbra uma espetacular paisagem de Porto Alegre.
Cinzeiros ali naquele lugar de estupenda visão da cidade são uma demonstração de respeito aos direitos humanos. Por incrível que pareça, os fumantes são seres humanos, sim senhor.
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