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sexta-feira, 12 de novembro de 2010
12 de novembro de 2010 | N° 16517
PAULO SANT’ANA
Fica, Renato!
Falei ontem com Renato Portaluppi. Há muito tempo que ele, depois que voltou ao Grêmio, queria falar comigo. Eu também, há muitos dias, queria falar com ele.
Ontem deu o jeito e liguei para seu celular, com interferência decisiva do Vítor, assessor do Grêmio.
Todos sabem da minha ligação afetiva com Renato. Ele foi sob certo aspecto, quando jogava no Grêmio, desde que incrivelmente o treinador Ênio Andrade deixava-o na reserva, sob meus protestos em rádio, jornal e televisão, fruto dos meus tecidos neuroniais: nunca em todos os tempos e em qualquer lugar do mundo um jornalista elogiou tanto e tão alto e tão profundo um jogador como eu elogiava Renato.
Pois ontem falei com ele. E ele, depois de me saudar e de termos prometido um ao outro churrascos memoráveis que ainda vamos fazer juntos, se Deus quiser, me disse rigorosamente o seguinte: “Aquela coluna que escreveste esses dias, Paulo Sant’Ana, vai fazer com que eu fique no Grêmio. O teu apelo é irresistível”.
Sendo assim, vou de alguma forma repetir uma coluna célebre minha em que escrevi só uma palavra, repetida 800 vezes: Dario.
Eu pedia à limitação medíocre dos dirigentes do Grêmio que eles contratassem Dario.
Fábio Koff, que era o presidente, se reuniu, diante do meu apelo, com o treinador, que era Osvaldo Rolla, e os dois decidiram que Dario não era o jogador que o Grêmio precisava.
Frederico Arnaldo Balvé, que era presidente do Internacional, alertado pela minha coluna, contratou Dario para o Beira-Rio e aconteceu, acreditem leitores, simplesmente o seguinte: Dario levou o Inter a ser tricampeão brasileiro e octacampeão regional. Mudou a história do futebol gaúcho.
Eu queria me suicidar.
Então, repito a história: Fica, Renato. Fica, Renato. Fica, Renato. Fica, Renato. Fica, Renato. Fica, Renato. Fica, Renato.
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