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terça-feira, 2 de novembro de 2010
02 de novembro de 2010 | N° 16507
PAULO SANT’ANA
Amor ou paixão?
Será amor ou paixão o que estou sentindo depois de tantos anos?
Só pode ser amor.
Se me levanto, topo com ele na lembrança. Se me vou deitar, ele me assalta como se fosse um meliante escondido atrás da árvore.
Amor ou paixão, o que menos importa é a classificação. Só pode ser amor. Se fosse paixão, eu teria pressa.
E é amor porque estou deixando que ele me consuma em fogo brando.
Se fosse paixão, o fogo seria rasteiro. É amor porque o fogo é vulcânico, a lava derramou-se sobre meu corpo e minha alma, inevitável como o destino.
Só pode ser amor. Porque foi antecedido por um pressentimento. Quando é paixão, ela vem precedida de um arrebatamento.
Na verdade, eu quero que não seja paixão, porque será efêmera. Eu preciso que seja amor, para que dure toda a vida.
É amor porque ele veio vindo dissimulado e sub-reptício, foi chegando disfarçado de amizade e aos poucos foi corroendo os alicerces da nossa cordialidade e assumindo feições de malícia.
Só pode ser amor, porque a ele basta estarmos juntos. Se fosse paixão, trataríamos de nos tocar a toda hora.
É amor porque só queremos conversar e trocar olhares, deixar o tempo passar naquele enlevo de namorados.
Se fosse paixão, nos atiraríamos aos atrevimentos físicos próprios dos amantes.
Sinto vontade de soltar um rojão e tomar um cálice de champanha. Para comemorar esta data de volta de meu coração à vida, ele que estava há tantos anos sepulto.
São deliciosos esses raros momentos em que estamos juntos e mais ainda deliciosos os momentos em que saboreamos as distâncias que nos unem.
Mudando de assunto, o Grêmio foi roubado por uma arbitragem gatuna contra o Fluminense.
O pênalti sobre Jonas foi claro como a luz do dia, o árbitro viu. Por que ele não marcou?
Há indícios de venalidade não só nas atuações de alguns árbitros como na escalação deles pelos seus superiores.
Tanto que o mesmo árbitro que não deu aquele pênalti está escalado para a próxima rodada em jogo do Botafogo, que é inimigo do Grêmio na disputa da quarta vaga da Libertadores.
É muito escandaloso.
Pode existir escândalo maior? Pois acreditem que pode: no gol legítimo do Santos contra o Inter, sábado passado, o comprimento de duas bolas cruzou a risca fatal do Inter.
O bandeirinha correu para o centro, sinalizando que era gol. O quarto árbitro, que é gaúcho e tem o apelido de Chico Colorado, gritou para o bandeirinha: “Volta, volta, que a bola não entrou!”.
O bandeirinha voltou e o juiz não deu um gol cristalino.
São casos de polícia essas arbitragens.
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