Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
As esferas mais íntimas da vida doméstica
A escritora norte-americana Sue Miller, nascida em 1943, tem se notabilizado por seus romances que revelam as esferas mais íntimas da vida doméstica em vários cenários dos Estados Unidos.
É bem o caso de Perdida na Floresta, romance lançado há poucos dias. Sue já teve obras indicadas para o National Book Criticts Circle Award e para o Clube do Livro de Oprah Winfrey e já teve dois livros adaptados para o cinema. Em Perdida na Floresta a narrativa parte de uma grande perda familiar.
O marido de Eva, mãe de três filhos, falece abruptamente, vítima de atropelamento em um acidente automobilístico. Eva vinha feliz, administrando uma livraria numa cidade ao norte de São Francisco, em meio aos idílicos vinhedos da região. A morte de John acabou com a frágil paz familiar e trouxe muitos momentos de dor.
Emily, a filha mais velha, não quer saber de refletir sobre o assunto e só pensa em sair de casa e entrar para a faculdade. Theo, o caçula, não compreende ainda que não vai mais ver o pai Daisy, a filha do meio, com apenas quinze anos, abalada pela vulnerabilidade da situação e sentindo necessidade de conforto, acaba se envolvendo com um homem muito mais velho, que a faz viver uma existência de mulher ainda em um corpo de menina.
Inexperiente, em meio às confusões próprias da adolescência, Daisy vai penetrar nas profundidades do mundo adulto precocemente, envolvida num relacionamento nocivo. Daisy, como se vê, é quem mais sofre com a morte do pai.
Eva aos poucos vai tentando reerguer a família despedaçada e a narrativa sensual e sensível de Sue Miller vai mostrando os movimentos mais intensos e inesperados do coração humano e as grandezas e pequenezas do cotidiano.
O texto é inteligente, intenso e revela que mesmo pessoas decentes e bem-intencionadas não conseguem atravessar um dia sequer sem ferir pelo menos uma pessoa que amam.
Enfim, não é por acaso que crítica e público consideram Sue Miller como uma das mais importantes, elegantes e celebradas cronistas da vida familiar.
Mais do que tudo, o romance, ao fim e ao cabo, passa a ideia de que todos podem se recuperar das adversidades da vida e ir se adaptando a novas realidades. (368 páginas, R$ 43,00, tradução de Juliana A. Saad, Editora Bertrand Brasil, telefone 21-2585-2070).
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