Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
28 de agosto de 2009
N° 16077 - PAULO SANT’ANA
Cadeira dura
É como eu digo sempre aos ateus: um pouco com Deus é muito, um muito sem Deus é nada.
Tento consolar os gremistas aflitos que me procuram: Duda Kroeff entende tanto de futebol quanto de propriedade rural.
A diferença entre um restaurante fino e um restaurante popular é que o restaurante fino cobra caro e adota guardanapos de pano. Já o restaurante popular cobra barato e adota guardanapos de papel.
Talvez seja porque usa guardanapos de papel que o restaurante popular cobre barato de seus clientes. Mas não é raro que a comida do restaurante popular seja melhor que a do restaurante fino.
E é raríssimo que o restaurante popular cobre mais caro que o fino.
Venham por mim, que tenho mais de 38 anos de experiência em debates. Eu costumo dizer que debater por 38 anos no Sala de Redação é a mesma coisa que a gente levantar peso durante 38 anos, fica-se capaz de erguer o peso de um trator. De tanto treino, uma hora por dia de qualquer exercício te faz forte e/ou exímio.
Mas o que eu queria dizer é que o debatedor pior e mais irritante de a gente enfrentar num debate é o bunda-mole de cadeira dura.
Vejo pastores evangélicos pregando insistentemente na televisão, principalmente nos horários de tarde da noite e de madrugada.
E fico a cismar o que sempre cismei quando era criança e via os padres pregarem nos púlpitos da Igreja Católica: “Será que eles acreditam verdadeiramente em Deus?”.
Falo-lhes sinceramente: uns acreditam e outros não, é o que penso.
Andei durante muito tempo anunciando nesta coluna que procurava ansiosamente por um pregador religioso que fosse culto, eloquente, didático e instigante à minha inteligência.
Pois encontrei o homem: Silas Malafaia, que fala quase todos os dias na TV Bandeirantes, fim de noite e início da madrugada.
Estou apaixonado pelo modo como ele prega a Bíblia. A impressão que ele transmite habilidosamente é de que tem decorados todos os capítulos e versículos da Bíblia. Escolhe alguns deles e faz sua brilhante oratória explicá-los e justificá-los, num improviso criativo de abismar.
Eu o entendo, ele jamais me deixou qualquer dúvida em quaisquer sermões. Sua palavra me penetra e convulsiona o meu arsenal neuronial.
A única coisa que me falta para me jogar submisso aos seus pés é saber se ele é sincero, se ele não é só um ator, se não está me enganando.
E confesso também que ele, depois de um intervalo entre o seu sermão principal, que dura uma hora, e o próximo espaço, ele próprio aparece pedindo ajuda financeira dos telespectadores para sua igreja, com a finalidade, diz ele, de custear aquele espaço de televisão que ocupa, que custa-lhe os tubos.
Acredito no custo caro da televisão, mas duvido que o que sobra vá todo para a igreja.
Em todo caso, o desenvolvimento cultural e o conhecimento bíblico do pastor Silas Malafaia me levam a intuir que ele é sincero e que acredita em Deus.
Seu preparo e seu desempenho na televisão, algo assim como um pop star, me levam a crer serem potencialmente verossímeis sua crença e suas boas intenções.
Estou envolvido pela oratória desse homem.
Peço a Deus que me elucide depressa se ele é honesto. E eu quero firmemente que ele seja honesto.
Se for, me entrego a ele. Se não for, me desiludo definitivamente.
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