terça-feira, 25 de agosto de 2009



25 de agosto de 2009
N° 16073 - PAULO SANT’ANA


Que ódio!

Homem assassinou a sogra com 11 tiros, aconteceu no fim de semana passado em Caxias do Sul.

Que ódio! Que violência! O homem há três anos surrava sua mulher, que estava fugida de casa quando sua mãe foi assassinada.

Com a esposa fugida de casa, o homem ficou com a guarda das duas filhas menores e descarregou duas vezes seu revólver sobre a sogra, desviando todo o ódio que tem de sua mulher para sua pobre sogra.

Ciúme? Inveja? Ou simplesmente loucura?

Foi tal o ódio desse assassino, que ele, depois de ter desferido seis tiros contra a sogra, matando-a, recarregou sua arma e, numa fúria necrofágica, baleou o cadáver ainda com mais cinco tiros.

Eu fico a cismar sobre o terror de que está e esteve possuída a mulher do assassino, que era surrada havia anos por ele, a ponto de fugir de casa e ter assim que abandonar suas duas filhinhas nas mãos do seu marido, quadro que agora atingiu seu ápice com o assassinato.

E o pior é que o horror dessa mulher não termina aí. Se ficasse preso, o assassino ainda inspiraria terrível medo à sua mulher, imagine solto, como acontece agora, ao que suponho.

Eu, às vezes, sou quem me aterrorizo quando vejo o quanto pode caber de ódio num coração humano, no caso do assassino.

E o quanto pode caber de medo num cérebro humano, no caso dessa infeliz mulher perseguida por seu marido, a ponto de que ela é que seria assassinada se não tivesse fugido de casa várias vezes, como estava fugida quando ocorreu o crime.

Diz a notícia que o homem se enfurecia quando estava alcoolizado.

Sempre a bebida. Sempre o álcool a conduzir a violência. O álcool é uma droga ainda mais maldita por ser uma droga lícita.

Vai-se no botequim, vai-se na festa, bebe-se como se pode beber até em casa.

Não há limite para o uso da droga lícita, acessível e barata.

E vão se sucedendo, numa carnificina macabra, as mortes ocasionadas pelo álcool, no seio dos lares, como nesta tragédia de Caxias, nas ruas, no trânsito, em todos os lugares.

O álcool é uma das mais catastróficas invenções humanas.

E o pior: nunca será extinto da face da terra, haja vista aquela vez em que foi decretada a Lei Seca nos Estados Unidos da América, quando se bebia mais no país com o álcool proibido.

Que droga maldita!

Vejam os meus leitores a que ponto chegou na Europa o desvio psiquiátrico dos batedores de carteira: eles, em vez de furtar das vítimas, estão colocando dinheiro no bolso delas.

O leitor Arlindo Mallmann é que me contou essa história. Batedores de carteira, em vez de subtrair a grana das costumeiras vítimas, estariam inserindo, em caminho inverso, de forma imperceptível, como sempre, cédulas de 20 libras esterlinas no bolso das ex-futuras possíveis vítimas.

Achei isso muito espantoso. Isso poderia, eventualmente, ter algum financiador da caridade, tipo agências de turismo ou algo assim, um mecenas, pois os gatunos não teriam como bancar essa sua excentricidade por muito tempo.

Ou teriam? Quem sabe, aqui no Brasil, os que estão investidos de poder e que por tanto tempo larapiariam os pobres aposentados, já por tantos anos de todas as maneiras e expedientes possíveis, não poderiam começar a devolver, aos mesmos aposentados, algumas migalhas, de quando em vez?

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