segunda-feira, 17 de agosto de 2009



17 de agosto de 2009
N° 16065 - PAULO SANT’ANA


Sucesso policial

Ser policial é também a arte da dissimulação.

Vejam o caso desse casal de agentes da Polícia Civil gaúcha que se hospedou em um hotel de águas termais em Santa Catarina.

Os dois policiais ficaram dias tomando banho de piscina e fazendo sauna com dois líderes de uma das maiores quadrilhas de assaltos a banco gaúchas, que no hotel estavam hospedados com suas mulheres, gastando o capital que obtiveram em vários roubos em pequenas cidades do RS, a maior foi Bento Gonçalves.

As cenas no hotel passaram a ser curiosas.

O casal de policiais tomava banho de piscina e de sauna, jantava e almoçava com os dois ladrões e suas mulheres, disfarçado de hóspedes.

Talvez ocasionalmente até conversassem, o casal de policiais e o casal de ladrões de banco.

Quando estavam seguros para dar o bote e tranquilos os ladrões de banco, foi dada voz de prisão pelos dois agentes.

Em outras cidades gaúchas, no mesmo instante, foram presos outros nove membros da quadrilha, todos fortemente armados, com farta munição e provisão de potentes explosivos plásticos.

A quadrilha flagrada com esse arsenal se preparava para o maior dos ataques a banco que iria experimentar depois dos êxitos que tivera em várias ações criminosas.

Esta admirável ação policial foi efetuada pela Delegacia de Roubos, sob o comando do delegado Juliano Ferreira e supervisão do delegado Ranolfo Vieira Júnior, diretor do Deic.

Estamos bem de polícias no Rio Grande do Sul: a Polícia Federal daqui, sob a chefia do delegado Ildo Gasparetto, tem realizado operações estafantes e de grande sucesso ultimamente, apropriadamente estimulada por ações dos procuradores do Ministério Público Federal, acolhidas pelos magistrados federais no Estado.

Toda essa combinação de ações da Polícia Civil, Polícia Federal, Ministérios Públicos Estadual e Federal, magistrados estaduais e federais gaúchos estão servindo para orgulho dos rio-grandenses.

Se de uma parte a criminalidade avança e aterroriza, por outro lado as nossas polícias, o nosso Ministério Público e a nossa Justiça praticam exemplares ações repressivas ao crime, que ainda obteriam maiores êxitos se a Polícia Civil pudesse ser melhor equipada em pessoal e meios materiais.

Parabéns a todos!

Não é a primeira vez que o Grêmio ganha os jogos de casa e perde os de fora. Isso já tinha acontecido quando o treinador era Mano Menezes. Não se conhecia o mistério que cercava esse fenômeno, mas a coincidência agora é explicável: falta qualidade ao time de Paulo Autuori como faltava ao time de Mano Menezes.

No caso de Mano Menezes, essa falta de qualidade do Grêmio cobrou um tributo pesado: a perda por 5 a 0 nos dois jogos da finalíssima da Libertadores contra o Boca. No caso de Paulo Autuori, o tributo ameaça também ser pesado: quem não ganha fora acaba ficando excluído do seleto grupo dos que vão para a Libertadores.

E é fácil entrar na Libertadores, bastava que os dirigentes do Grêmio saíssem do marasmo e tivessem talento para contratar reforços.

Não tem explicação que o Grêmio não tenha trazido Marcelinho Paraíba de volta. E, quando Duda Kroeff assumiu a presidência, telefonei para ele e sugeri que comprasse Paulo Baier, do Goiás. Ele me respondeu que a chefia do departamento de futebol do Grêmio tinha alguma coisa contra a conduta particular deste jogador.

O que sei é que, se Paulo Baier tivesse vindo para o Grêmio, formaria com Tcheco uma notável dupla de meia-cancha. E o Grêmio estaria certamente no G-4.

Não é a primeira fez que falta talento aos dirigentes para alcançar um posto digno na tabela.

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