terça-feira, 7 de abril de 2009



Governo deve usar Caixa para derrubar "spread", afirma FGV

O governo ainda não esgotou todos os seus recursos para pressionar a queda dos "spreads" bancários. Uma das alternativas possíveis é usar a Caixa Econômica Federal para estabelecer parâmetros de rentabilidade no setor bancário. A afirmação está na carta do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas).

A proposta do instituto é que a Caixa forneça juros para atender uma taxa de retorno definida pelo governo, independentemente de os bancos concorrentes cobrarem juro menor.

De acordo com o Ibre, essa iniciativa provocaria uma queda nos "spreads" (diferença entre o custo de captação dos recursos pelos bancos e as taxas cobradas dos clientes) de todo o sistema bancário, por conta da competição do mercado.

Na carta, o Ibre admite que envolver a Caixa Econômica no esforço para reduzir os "spreads" pode parecer uma estratégia ousada. O instituto afirma, no entanto, que essa pode ser "a melhor resposta a distorções que se mostrem muito difíceis de corrigir pelos métodos convencionais".

O instituto reconhece que o governo não está inativo na tentativa de reduzir os "spreads". Ele destaca os cortes na taxa básica de juros e a redução do compulsório como ações que buscam aquecer a economia em meio à conjuntura de crise e impulsionam a queda do juro real.

Segundo o Ibre, no entanto, ainda há espaço para o governo atuar. Além do uso da Caixa Econômica para impulsionar a queda dos "spreads", o governo pode promover novas rodadas de cortes nos compulsórios, reduzir impostos incidentes sobre o crédito e aprovar a criação do cadastro positivo de clientes, diz o instituto.

"O ritmo lento e intermitente de queda do "spread" é insuficiente para aplacar a sensação de que consumidores e empresários estão à mercê de um sistema de crédito injusto", afirma na carta.

INTERNACIONAL
Apex-Brasil e CNI inauguram hoje, em Fortaleza e Porto Alegre, unidades para fazer atendimento mais próximo aos exportadores. Na próxima semana, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis receberão escritórios da entidade, que funcionarão nas federações das indústrias de cada Estado.

DIREITO
O escritório Souza Cescon Advogados participa de um projeto da ONU para desenvolver um relatório sobre a legislação societária brasileira. O objetivo é verificar se a lei estimula a preservação dos direitos humanos. Serão analisados 40 países por 15 escritórios. O relatório será apresentando no fim do ano.

TELEVISÃO
A LG pretende construir uma unidade para produzir televisores de LCD no Brasil, com previsão para começar a funcionar no próximo ano, segundo o "Korea Times".

CASA PRÓPRIA
A Caixa Econômica Federal começa, a partir de 14 de maio, o Feirão Caixa da Casa Própria. O evento passará por Rio, Salvador, Curitiba e Belo Horizonte, entre outras cidades. No evento, o mutuário poderá conhecer os projetos do programa "Minha casa, Minha Vida".

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