Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
22 de agosto de 2008
N° 15703 - RICARDO SILVESTRIN
Memória
Vivemos um tempo de recuperação da memória. Outro dia, fiz uma brincadeira com um colega de trabalho, de cerca de 30 anos. Ele falou para eu abrir o link numa mensagem.
E perguntei se era abrir o Lancelot Link. Como ele não sabia de quem se tratava, entrei no youtube, digitei o nome e lá estava ele, o macaco-detetive da série de tevê dos anos 70.
Um macaco de verdade, não um desenho animado, com roupas de gente, falando dublado a cada mexida de boca. Se você tem a minha idade, sabe de quem estou falando. Se não tem, entre no youtube e procure.
Estou salvo. Não fico mais ilhado com o meu passado, citando como um maluco macacos de roupa, dublados, para a desconfiança geral dos mais jovens.
Posso provar, não pirei, sim, existiu Lancelot Link! Numa esfera muito mais interessante de recuperação da memória, o baterista Charles Gavin, dos Titãs, apresenta no Canal Brasil, canal 66 da Net, o programa O Som do Vinil.
São entrevistas com os envolvidos na produção de importantes discos da nossa música brasileira. Um dos entrevistados foi o músico Egberto Gismonti. Ele contou sobre a criação do seu Academia de Danças, de 1974.
O álbum era uma mistura de muitas coisas de que Egberto gostava: música clássica, jazz, sonoridades brasileiras, sintetizadores e sons eletrônicos. Tudo isso sempre andou separado.
Mas se encontrava na sensibilidade e no interior de Egberto. Então, resolveu colocar tudo na mesma panela e ver que som dava.
Chamou músicos da pesada, como o baterista Robertinho Silva e o baixista Luís Alves. Contou com a parceria das letras do excelente poeta Geraldo Carneiro, que também assinou a produção.
Quando apresentaram à gravadora, o big boss disse que o disco não soava como nada que se pudesse definir.
E só iria ser lançado porque a empresa já havia perdido muita grana na produção e horas de gravação. Depois de lançado, o disco teve grande vendagem. Havia muita gente como ele, interessada em algo novo, que não precisava ser definido.
Apenas escutado. Recuperar a memória desse disco é recuperar a ousadia da arte nesses tempos do deus mercado.
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