Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Bush fala em "sucesso inegável" no Iraque
Presidente vê exagero em estimativas de custo da guerra, promete vitória e acena com possibilidade de reduzir tropas
Discurso, cinco anos depois de invasão, contrasta com pesquisa que aponta que só 32% dos americanos ainda são favoráveis ao conflito
Joshua Roberts/ Reuters
Manifestantes protestam contra a guerra, em Washington
SÉRGIO DÁVILA DE WASHINGTON
Na manhã do dia em que a invasão do Iraque pelos Estados Unidos completou cinco anos, o presidente norte-americano, George W. Bush, disse que a escalada ordenada por ele está funcionando, definiu a guerra como "sucesso" e acenou com a possibilidade de começar a diminuir o número de tropas dos EUA atualmente no Iraque.
"Como resultado de nosso sucesso no Iraque, estamos começando a trazer parte de nossas tropas para casa", afirmou, em discurso no Pentágono, onde era interrompido por aplausos de uma platéia composta na maioria por militares.
"A escalada fez mais do que transformar a situação no Iraque -abriu a porta para uma grande vitória estratégica na guerra ao terror mais abrangente."
É a primeira vez que o republicano acena com a diminuição do efetivo em ação no Iraque, depois da escalada que elevou o total para os atuais 160 mil soldados.
Ele tomará sua decisão após o testemunho no Congresso que o general David Petraeus, comandante militar da região, e o embaixador dos EUA no Iraque, Ryan Crocker, darão no mês que vem.
"Qualquer retirada será baseada nas condições em campo e nas recomendações de nossos comandantes e não pode colocar em risco os duros ganhos de nossas tropas e nossos civis no último ano", disse Bush.
Custo alto
De fato, segundo levantamento independente da Brookings Institution, em Washington, o cenário no Iraque mostra melhora em alguns setores.
No último ano diminuíram, por exemplo, os números de iraquianos civis mortos, de baixas de soldados americanos, de ataques de milícias e insurgentes às forças invasoras e do êxodo de iraquianos pela guerra. Ainda assim, a situação no país é longe de estável, segundo relatórios da Cruz Vermelha e da Anistia Internacional.
A primeira define o cenário humanitário como "um dos mais críticos do mundo" e aponta, entre outros dados, que o iraquiano médio gasta até um terço da renda média mensal (cerca de R$ 250) para comprar água potável;
já a segunda afirma que um terço da população, ou 8 milhões de pessoas, é dependente de alguma ajuda humanitária para sobreviver.
Bush tocou em outro ponto polêmico da guerra em seu discurso: o custo. "O sucesso que estamos vendo no Iraque é inegável", disse. "Críticos do conflito não podem mais argumentar com credibilidade que estamos perdendo a guerra, então agora eles argumentam que a ação custa muito."
Segundo o presidente, as estimativas "são exageradas", e os gastos, "necessários quando se leva em conta o custo de uma vitória estratégica para nossos inimigos no Iraque". Cálculos do governo colocam valor no Iraque e Afeganistão em torno de US$ 700 bilhões. Para o Nobel de economia Joseph Stiglitz, no entanto, a conta está próxima dos US$ 3 trilhões.
Pouco apoio
O valor ganha importância no momento em que a economia norte-americana luta para evitar uma recessão que a ameaça. A preocupação já se reflete em pesquisas de opinião. Num levantamento divulgado ontem pela CNN, 71% dos ouvidos acreditam que o gasto do governo com a guerra é culpado pelos problemas econômicos que o país enfrenta.
Na mesma pesquisa, apenas 32% responderam que ainda apóiam a guerra, e somente 36% dizem que a invasão valeu a pena -esse contingente era de 68%, ou quase o dobro do atual, em março de 2003, quando o conflito teve início.
Ainda, 61% dos 1.019 adultos norte-americanos ouvidos entre os dias 14 e 16 últimos defendem que o próximo presidente deveria retirar a maioria dos soldados norte-americanos "poucos meses após tomar posse".
Essa imbricação entre economia e guerra foi um dos motivos que levaram os dois pré-candidatos de oposição à sucessão de Bush a se manifestar sobre o assunto ontem.
"O país precisa de um comandante-em-chefe que termine essa guerra e traga nossos soldados para casa", disse a senadora Hillary Clinton. Seu colega Barack Obama prometeu: "Eu vou encerrar esta guerra, porque é a coisa certa a fazer para nossa segurança".
Por fim, Bush falaria em "vitória". "Há cinco anos, prometi ao povo americano que na luta que se seguiria nós não aceitaríamos outro resultado que não a vitória", afirmou. "Hoje reafirmo o compromisso. Com nossa coragem, a batalha no Iraque acabará em vitória."
Nas horas seguintes, mesmo com chuva, milhares foram às ruas de Washington fazer manifestações contra a guerra. "Não queremos nossos dólares de imposto gastos no Iraque e no Afeganistão", afirmou Ed Hedemann.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário