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quinta-feira, 20 de março de 2008
20 de março de 2008
N° 15546 - Leticia Wierzchowski
Sushi de grávida
Grávida de sete meses, além de andar por aí sacolejando uma barriga que faria inveja ao Papai Noel, ando surfando a vida conforme recomendações médicas. Nada de exageros, porque gravidez não é doença, mas algumas coisas a gente tem que obedecer...
Assim, fica proibido andar de bicicleta, praticar esportes radicais (o esporte mais radical que tenho praticado nos últimos dias é subir os caminhos do Colégio Anchieta, onde meu filho mais velho estuda agora), não comer frutas que não estejam devidamente higienizadas, e nem carnes cruas, entre elas, peixes. Bem, aí está o xis da questão: sou louca por sushi.
Foram exatos 215 dias sonhando com sushis - dizem que grávidas têm desejos prementes de coisas meio absurdas. Confesso que meu desejo, duradouro, foi o de sentar num restaurante japonês e traçar solenemente um combinado para dois (afinal, no momento, sou dois mesmo).
Mas que nada. Melancia com doce-de-leite, pastel de banana às três da matina, cachorro-quente do Rosário no café da manhã, tudo liberado.
Eu que desejasse à vontade qualquer coisa esdrúxula nos horários mais impróprios, mas um civilizado sushi esteve sempre absolutamente fora de cogitação.
Ao ponto de, numa entrevista que a Fernanda Zaffari fez pro caderno Donna, ao ser questionada sobre meus planos para depois do nascimento do meu filho, a única coisa que realmente me ocorreu foi dizer "bem, depois que o Tobias nascer, quero comer sushi."
Mas agora tudo se resolveu, pra sorte do meu marido e também do nosso menino, pois não deve ter muita graça nascer com cara de peixe enrolado numa alga. Fomos jantar no Hashi, e o Carlos Christensen, simpático como sempre, criou um exclusivo "combinado para grávidas".
Nenhum peixinho cru, nadinha mesmo. Apenas muita criatividade. E lá estava eu com meu combinado para dois, 60 dias antes do previsto, satisfazendo um desejo que nem era mais desejo, mas obsessão, sob os olhares compadecidos (e aliviados) do meu marido.
Sendo assim, apresento uma novidade criada na terra da picanha gorda e malpassada, o sushi de grávidas, do qual, com orgulho e apetite, servi como maravilhada cobaia - e venho me servindo desde então como cliente. Agora, resolvida essa premência, ufa!, já posso pensar com mais calma em qual vai ser a primeira coisa que pretendo fazer quando o Tobias nascer.
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