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sexta-feira, 21 de março de 2008
21 de março de 2008
N° 15547 - Paulo Sant'ana
É fácil baratear a carteira
A Assembléia Legislativa gaúcha aprovou lei que proíbe venda de bebidas com álcool dentro dos estádios de futebol.
Salvo melhor juízo, parece-me ser uma lei sensata.
Opõe-se à lei um argumento: o de que muitas pessoas já vão alcoolizadas para os estádios, não precisam beber lá dentro para terem seu ânimo alterado.
No entanto, alguém que já vá para o estádio alcoolizado, se for vendida bebida alcoólica no interior do estádio, verá agravado o seu estado, correndo-se o risco de que possa lá dentro cometer os excessos que se quer evitar e que são constantes do noticiário policial e esportivo.
A lei me parece ser boa, portanto. Mas sempre haverá oposição a ela.
E também pode ser uma sensata oposição.
Porque há milhares de leis polêmicas vigendo por aí.
Por sinal, a esse respeito de bebidas nos estádios de futebol, há um tipo histórico e muito folclórico de torcedor que não vai ao estádio nem para torcer nem para ver o futebol.
Ele só vai para beber. Chega duas horas antes da partida, fica na copa bebendo, não vê o jogo. Muitas vezes durante o primeiro tempo e o segundo, fora o intervalo, permanece no bar do estádio bebendo, só pergunta para um ou outro como está o jogo e o escore.
Essa lei terá o inconveniente de acabar para sempre com esse tipo precioso de pessoa que sempre freqüentou o futebol.
E não é só o futebol que eles freqüentam, na bocha e no bolão também, no xadrez, em todos os esportes.
O importante para eles é beber, mas não deixa de ser curioso que tenham de ter ao seu redor, mesmo que não a assistam, uma disputa esportiva para sentirem melhor gosto na bebida.
Peço ao governador em exercício, Paulo Afonso Feijó, que anote e transmita à governadora Yeda Crusius, na sua volta, a seguinte questão.
É que existem 3,512 milhões de motoristas no Estado.
Ou seja, mais de um terço da população do Estado são motoristas. São motoristas 44,57% da população adulta gaúcha.
Se formos pela média calcular R$ 900 por cada carteira, os motoristas pagam mais de R$ 3 bilhões para tirar suas carteiras, sem falar nas renovações.
É uma fortuna colossal, daria, meu caro governador em exercício, para tirar o Estado do atoleiro financeiro.
Por isso é que foram destacados para dirigir o Detran os que provocaram o escândalo das propinas. Exatamente porque o dinheiro estava rolando no Detran.
Só que os motoristas, entre eles gente muito humilde, são escalpelados pelas taxas, aulas etc., que compõem o preço extorsivo no RS de uma carteira de motorista.
Por que, caro governador em exercício, não entrar em contato com o governo federal, com o Denatran, com o Contran e evitar que paguem metade dessas taxas os candidatos a carteira que não necessitam de aulas, porque já sabem dirigir e têm conhecimento das regras de trânsito? Por quê? Dêem-me uma só razão!
O Detran não tem nada que dar aulas para quem sabe dirigir e conhece a lei do trânsito, os sinais etc. Aliás, não tem de dar aula para ninguém, aulas para candidatos a motoristas têm de ser dadas pela iniciativa privada.
O Detran tem de limitar-se a promover os exames, mais nada. O resto não é sua atribuição.
Isso tem de acabar, depressa! Aí é que está o segredo para o preço selvagem das carteiras e para a corrupção.
Mude isso, Dr. Feijó, exija que a governadora mude isso imediatamente. É urgente essa solução.
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