18 DE NOVEMBRO DE 2020
INFORME ESPECIAL
Uma vingança perfeita cogitada por Marchezan
Se Nelson Marchezan concretizar o que se dispôs a fazer durante a entrevista concedida hoje a Rosane de Oliveira e a Daniel Scola, na Rádio Gaúcha, estaremos diante da mais calculada e certeira vingança política das últimas décadas. O prefeito de Porto Alegre, que não conseguiu votos para disputar o segundo turno, afirmou que estuda cumprir as promessas. Dos seus adversários.
A principal delas se refere aos reajustes do IPTU, alvo de críticas contundentes dos oponentes. Marchezan se propôs a enviar à Câmara Municipal um projeto de lei suspendendo os reajustes futuros, o que retiraria receita do seu sucessor ou sucessora, mas, acima de tudo, estaria alinhado tanto com as promessas de Manuela D?Ávila quanto com as de Sebastião Melo. O prefeito explica que barrar os aumentos ainda programados só beneficiará a grandes empresários e a proprietários de grandes áreas. Mas se é a vontade de quem vai vencer...
Aí é que será a hora da verdade, principalmente se a proposta for enviada aos vereadores antes do segundo turno.
Se Marchezan transformar cada promessa de quem vencer a eleição em um projeto de lei e pressionar pela votação antes da posse, não poderá ser acusado de nada, nem de quebrar a cidade.
A informação que Bolsonaro deveria dar
O Planalto contra-ataca. O presidente Jair Bolsonaro prometeu divulgar uma lista de países que compram madeira ilegal da Amazônia. Trata-se de um movimento correto, justo e inteligente. Boa parte desses governos estrangeiros que fazem demagogia às custas das catástrofes ambientais brasileiras não resistiriam a um exame superficial de consciência.
Mas, para que a resposta brasileira fosse mesmo completa, Bolsonaro deveria acrescentar mais uma categoria ao seu relatório: quem são os brasileiros que cortam e vendem madeira ilegal, diretamente ou financiando a derrubada da floresta. Aliás, se esses nomes fossem revelados e punidos, não haveria sequer necessidade de elaborar uma relação de compradores, porque eles não existiriam.
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