sexta-feira, 24 de junho de 2011



24 de junho de 2011 | N° 16739
MERCADO EM DIA | MARÇAL ALVES LEITE


EUA ofuscam Grécia em efeito negativo

Num dia sem negócios no Brasil devido ao feriado de Corpus Christi, os investidores internacionais foram surpreendidos pelo aumento do volume do seguro-desemprego nos EUA, onde alcançou 429 mil pedidos na semana passada, superando previsões de economistas do mercado financeiro.

Graças à perspectiva de liberação de parcela de 12 bilhões de euros do empréstimo acertado no ano passado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), curiosamente, a Grécia ajudou na redução das perdas em Wall Street. Depois de despencar quase 2%, a Bolsa de Nova York (Nyse) fechou com baixa de apenas 0,49%, mantendo-se acima de 12 mil pontos.

Os preços das commodities não tiveram a mesma sorte, consolidando acentuadas quedas nos mercados agrícolas de Chicago e de metais preciosos e energia de Londres e Nova York. Nos EUA, o petróleo caiu quase 5%, encerrando a US$ 91,02 por barril – o menor nível em quatro meses. Esse comportamento também decorreu da decisão da Agência Internacional de Energia de utilizar reservas estratégicas para suprir a demanda global.

Na Europa, a trégua em relação à dívida grega acabou prejudicada por indicadores da economia dos EUA. Além do crescimento nas solicitações do auxílio-desemprego, a retração nas vendas de casas novas e a suspensão das negociações da Casa Branca com o Congresso sobre o incremento do limite da dívida federal provocaram fuga de capitais dos pregões.

As bolsas fecharam com perdas de mais de 2% em Madri, Milão e Paris e pouco abaixo desse patamar em Frankfurt, Londres e Bruxelas. Ainda considerado um refúgio seguro em momentos de incertezas, o dólar saiu fortalecido em relação ao euro, que encerrou abaixo de US$ 1,43.

A tendência é essa instabilidade contagiar os negócios de hoje na bolsa e no câmbio do Brasil, que, devido ao feriado de ontem, devem atrair poucos interessados na troca de ações e de moedas estrangeiras.

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