Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
13 de junho de 2011 | N° 16728
L. F. VERISSIMO
A anti-Palocci
Dizem que a Dilma mandou ligar para a casa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e da sua mulher, Gleisi, para fazer o convite para chefiar sua Casa Civil. Qual dos dois seria o convidado?
– O que atender – disse Dilma.
Outros dizem que a decisão já estava tomada. Paulo Bernardo era cotado para ser o escolhido, mas tinha a contagem de cromossomos errada. Dilma queria alguém o mais diferente do Palocci possível. Ou seja, loira e bonitinha.
Paulo Bernardo é um articulador político experimentado e orientará sua mulher nessa área, o que significa que algumas das mais importantes confabulações da República serão feitas na mesa de café do casal. Frases como “Passe o pão” poderão adquirir significados até agora insuspeitados.
Cresce a presença feminina no gabinete da Dilma e é possível que até o fim do seu mandato só sobre, como homem, o ministro da Defesa Nelson Jobim, que passaria a participar das reuniões do ministério em uniforme de campanha, por precaução.
Comparações
Uma das vantagens de envelhecer (ainda estou procurando as outras) é que cresce, por assim dizer, o nosso estoque de termos de comparação. Por exemplo: quem acompanha o futebol há muito tempo tem mais parâmetros para concordar ou não que Ronaldo foi o maior jogador brasileiro de todos os tempos, depois do Pelé.
O que não dá para aceitar é que tirem o Pelé do páreo, alegando que o futebol do seu tempo era outro e que história antiga não vale, como fazem certos exagerados. Está certo, para quem não o viu jogar o Pelé já deixou de ser história e virou mito – mesmo que um mito bem documentado – e os mitos não costumam servir de parâmetros para mortais.
Eu vi jogar o Pelé (não, não é verdade que também vi o Friedenreich) e posso atestar que: 1) ele já pegou o futebol duro, de pegada no calcanhar, que enfrentam os atacantes de hoje, 2) o mito corresponde à realidade do que ele fazia em campo e 3) ele era mais completo do que o Ronaldo.
Nada contra as homenagens ao Ronaldo, um centroavante extraordinário que merece todas as festas. Mas sem comparações impensadas.
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