Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
RUY CASTRO
Guerra ao gugu-dadá
RIO DE JANEIRO - Se seu filho vai fazer um ano e ainda não fala nem gugu-dadá em inglês, você pode ser acusado de negligente como pai ou mãe, sabia? Escolas especializadas estão oferecendo cursos de inglês para recém-nascidos. A ideia é a de que o imediato pós-parto é o "melhor momento para aprender uma segunda língua".
Ou seja, os bebês aprendem a falar inglês antes de aprender a falar. Ótimo. E quando será que começam a aprender a primeira língua, no caso, o português?
Outra notícia recente trata da fabricação de sutiãs infantis com enchimentos que imitam o formato dos seios, para meninas na faixa dos seis anos que querem imitar a mãe. Bem, historicamente, as meninas sempre quiseram imitar a mãe, mas, até há pouco, tinham de ser criativas e improvisar.
Agora dispõem de equipamento para tal, como os sutiãs, além de sapatos de salto alto e uma linha completa de maquiagem, produzidos para sua idade, seja esta adequada ou não.
Se você teme que isso estimule uma prematura competição estética nas garotas, saiba que, em vários países, há concursos de beleza infantil em que meninas de sete anos sofrem as mesmas exigências que as misses adultas (a atual Miss Mundo da categoria é uma brasileira). Algumas dessas meninas têm as bochechas injetadas com botox, o que as torna versões infantis do monstro da Lagoa Negra.
Junte a isso bebês de um ou dois meses sendo submetidos a dietas para prevenir a obesidade e crianças de seis anos já com acesso ao Twitter e ao Facebook, para se convencer de que há uma conspiração universal contra a infância.
No passado, era a pobreza que jogava as crianças na vida adulta. Hoje, é a afluência -não se pode esperar que elas cresçam para consumir como adultos-, em conluio com mães levianas, cujos filhos precisam crescer rapidinho para que elas se transformem em suas irmãs apenas um pouco mais velhas.
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