Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
7 de Setembro
Em Porto Alegre, 4300 pessoas desfilaram para sete mil no Sete de Setembro. Em Brasília o público foi de 35.000, em São Paulo 30.000 e, no Rio, 20.000, para desfiles de alguns milhares.
Os números falam por si. Jogos de futebol e shows de artistas atraem plateias bem maiores. Redações escolares, bandeiras e outros símbolos estiveram ausentes. Protestos contra a corrupção e outros escândalos foram poucos.
O presidente em discurso veiculado nacionalmente falou da Petrobras e do pré-sal e o convidado de honra da festa na Capital Federal foi Sarkozy, presidente da França, que veio selar contratos de compra de submarinos, helicópteros e aviões de combate que totalizam uns R$ 24 bilhões.
Certamente os políticos e a mídia vão analisar a oportunidade e a necessidade da compra de armamentos num País com tantas carências sociais e todos nós poderemos refletir, com calma, a respeito do tema.
Muito já se falou, escreveu, comentou e analisou, nos últimos meses, sobre a falta de grandes protestos e manifestações populares no Brasil, mesmo depois dos escândalos políticos. Parece que continuamos, mesmo após mais de cinco séculos de História, sem acontecimentos ou heróis de âmbito nacional para reverenciar no Sete de Setembro.
Há quem diga que não precisamos de fatos históricos gigantes ou heróis e que o Brasil e seu povo são os maiores e verdadeiros heróis. Também gosto de pensar que a Pátria somos todos, que o coletivo deve ser mais importante e que a chamada Grande História é contatada e mal-contada, tantas vezes, pelos vencedores, do jeito que a gente sabe.
No caso de governos marqueteiros, dizem por aí que a História é mesmo contada pelos vendedores. Fico aí desejando que no Dia da Independência e nos outros dias da história cotidiana haja manifestações populares maiores, como, por exemplo, os grandes comícios das Diretas-Já!, quando nossos corações de estudante batiam fortes, esperançosos e democráticos.
Será que as ruas, avenidas e praças desertas ou quase significam que as coisas estão melhorando para nós e para o Brasil? Será que está havendo uma acomodação federal? O certo é que precisamos nos conhecer mais, gostar mais de nossa Capital e de seus habitantes e cultivar o amor pelo Brasil e por seus símbolos.
De preferência sem apelar para ufanismo ultrapassado de velho livro de escola ou para nacionalismos retrógrados que não nos servem. Vale dizer: nada de oba-oba e nada de está tudo ruim. Realismo com consciência, liberdade, democracia e esperança, por aí. E Sete de Setembro com mais bandeiras. (Jaime Cimenti)
E VERSOS
“Matar o sonho é matar-nos. É mutilar nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.”
“A arte livra-nos da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos – vis porque são nossos e vis porque são vis.” “Quem sou eu para mim? Só uma sensação minha.”
“Dar bons conselhos é insultar a faculdade de errar que Deus deu aos outros.”
“...entre as sensações que mais penetrantemente doem até serem agradáveis, o desassossego do mistério é uma das mais complexas e extensas.”
Fernando Pessoa em Fernando Pessoa, A Quintessência do Desassossego, Editora Artes e Ofícios, telefone 33110832, Prêmio Abigraf/RS
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