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quinta-feira, 24 de setembro de 2009
24 de setembro de 2009 | N° 16104
ARTIGOS
Palmas à professora e... ao aluno, por Patrícia Trunfo*
No mesmo dia em que é sancionada a lei que determina a execução do Hino Nacional, uma vez por semana, nas escolas públicas e particulares de Ensino Fundamental do país, com o objetivo, entre outros, de trabalhar noções de civismo e respeito à pátria com os alunos, somos surpreendidos pela notícia de que um adolescente havia marcado com o seu nome a parede de uma sala de aula de uma escola estadual, recém pintada pela comunidade reunida em mutirão.
Em consequência, o jovem recebeu a reprimenda de uma professora, que lhe determinou a correção do ato, mediante a pintura da parede em questão e de outras existentes na escola.
O ato desse aluno reflete, sem dúvida, a ferida educacional presente na sociedade brasileira moderna, causada pela crise de valores e princípios que arranha as virtudes cívicas, gerando um total desrespeito aos demais cidadãos, à comunidade e ao patrimônio público, concretizado, no caso presente, no deboche às pessoas que, após oito meses de esforço,
reuniram-se no feriado de 7 de setembro e conseguiram pintar a escola em prol do corpo de estudantes – no que se inclui o dito rapaz –, que passaria a usufruir de um local limpo e agradável para suas atividades educacionais.
No entanto, houve uma professora que ousou repreender o aluno, determinando-lhe, coerentemente, que arrumasse o que havia estragado.
Palmas à professora! Não é fácil para os educadores, nos dias de hoje, em que são diariamente agredidos por alunos que vêm à escola sem noções de limites, ética e respeito – o que justifica emocionalmente eventual excesso –, cumprir seu papel de orientadores cívicos.
A professora agiu, sem dúvida, não só na defesa do patrimônio público, mas, principalmente, no interesse dos estudantes, que devem ser educados de modo a terem condições de se tornarem cidadãos de bem, úteis a si e à sociedade.
Por outro lado, não podemos negar o fato de que o aluno reconheceu a autoridade da professora e cumpriu o que lhe foi determinado, demonstrando que nem tudo está perdido, ou seja, errou, mas aceitou corrigir; palmas ao aluno!
A virtude cívica não se desenvolve somente com o cantar do Hino Nacional. Em que pese o conhecimento dos símbolos nacionais seja inerente a um bom patriota, o desenvolvimento do país depende da educação de seus cidadãos, cunhada sobre bases sólidas de ética, respeito ao próximo, ao patrimônio próprio, público e alheio, à família e à escola, reconhecida esta como pilar básico de construção da cidadania.
Façamos votos de que episódios como este não tornem a se repetir, mas, caso assim não seja, torçamos para que os professores continuem ousando educar seus alunos e para que os alunos tenham condições de receber a benéfica orientação cívica e patriótica.
*Advogada da União Federal e professora universitária
Ainda que com chuva nesa Capital Federal que possamos ter todos um lindo dia.
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