Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
FERNANDO RODRIGUES
Argentina em crise
BUENOS AIRES - Há algo de muito errado na Argentina. A beligerância entre o governo e a mídia assemelha-se à de republiquetas bolivarianas.
Vista de longe, a nova lei dos meios de comunicação proposta pela presidente Cristina Kirchner tem até alguns aspectos positivos, como regular o número de propriedades que cada empresa pode ter -algo líquido e certo na pátria do capitalismo, os EUA.
O problema é a forma. A truculência de Cristina e de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, impede um debate de algum nível. Nesta semana, ao anunciar um recuo num item da lei para a mídia, Cristina respondia aos jornalistas com provocação ou ironia.
Indagada sobre a influência do marido em seu governo, irritou-se. Considerou a pergunta uma falta de respeito. Confirmou o óbvio. Na semana passada, o estilo tosco de seu governo se materializou numa blitz de dezenas de agentes do fisco local no jornal "Clarín".
A Argentina sob os Kirchners não tem um índice de inflação confiável. O crescimento oficial do PIB é dado como ficção por qualquer pessoa minimamente informada. Se a eleição presidencial de 2011 fosse agora, o retorno de Néstor para a Casa Rosada teria o apoio de menos de 6% dos eleitores.
Não há sinal de melhora institucional. Abundam medidas polêmicas e populistas. Cristina comprou para a TV estatal os direitos de transmissão dos jogos de futebol do campeonato argentino. A lei para a mídia é uma tentativa de intimidar a imprensa nos próximos dois anos até a eleição presidencial.
Ainda é agradável andar pelas ruas de Buenos Aires. Mas o ambiente, antes com seu ar antigo e chique, agora recende a decadência.
Na segunda-feira, houve festas nos bares após a vitória do tenista Juan Martin Del Potro no Aberto dos EUA. Tudo um pouco contido. Apagado. Os argentinos sabem bem como está o seu país.
frodriguesbsb@uol.com.br
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