quarta-feira, 11 de setembro de 2024



11 de Setembro de 2024
INFORME ESPECIAL - Vitor Netto

O que move os países diante da contenda venezuelana

Desde 28 de julho, o mundo acompanha o dia a dia da Venezuela e os desdobramentos de suas eleições. Apesar de o órgão de regulação eleitoral no país anunciar Nicolás Maduro como o grande vitorioso, são vários os países - incluindo o Brasil - que não reconheceram o pleito. Mas afinal: o que isso significa?

Para o professor de Relações Internacionais da ESPM de SP Roberto Uebel, o fato envolve, principalmente, relações de poder e interesse, que variam de país para país.

- Cada um vai ter uma motivação diferente. O Brasil não reconhece, por exemplo, porque tem uma preocupação, sobretudo, fronteiriça, migratória e securitária. O Brasil é muito pragmático, ele entende que, se não reconhecer explicitamente a vitória do Maduro, a Venezuela vai retaliar, expulsar o embaixador, vai querer fechar a fronteira. E tem uma questão econômica muito importante, porque toda a energia que é consumida em Roraima vem de lá. Os Estados Unidos não reconhecem, até por uma questão de princípios - explica Uebel.

- Os países europeus também não, por uma questão de respeito aos direitos humanos. E os países latinos vão muito na esteira - completa ele.

Já as consequências podem envolver relações governamentais.

- Para a Venezuela, acho que não tem explicitamente impacto direto, mas implicitamente tem, porque acaba banindo de fóruns internacionais, perde a sua capacidade de construir diálogo. Então, por exemplo, qualquer pleito que ela venha a levar ao Conselho de Segurança, na Assembleia Geral da ONU, à OEA (Organização dos Estados Americanos), terá peso menor - argumenta o professor.

Ida de González para a Espanha

O candidato da oposição, Edmundo González, se exilou durante o fim de semana na Espanha. Ele estava com um mandado de prisão ativo. O professor acredita que o ato pode ter relação com a pressão internacional.

- O simples fato de o regime ter liberado González para sair sem ser preso já é um indicativo de que a Venezuela está sofrendo esse tipo de pressão - explica Uebel.

- Isso também respalda o comprometimento do governo com o direito internacional, vende a narrativa de que estão num ar de normalidade - completa.

Também, na opinião de Uebel, há um cálculo nos motivos para González ir à Espanha e não para outro país:

- Para manter um canal aberto do regime de Maduro com os países europeus. É muito subjetivo e está na lógica da anarquia do sistema internacional (quando não há uma potência hegemônica). Nações se movem por interesses e não é do interesse do Maduro isolar o país. A Espanha não tem relação comercial forte com a Venezuela, mas está representando a União Europeia.

Uebel também acredita que a ação dá proteção ao opositor e ele continua com a narrativa de que venceu. Ao mesmo tempo, se torna interessante ao governo venezuelano manter González distante. _.

Nova sala de robótica

Com a ajuda de doações da comunidade do Estado, e até de fora, o grupo conseguiu comprar novos computadores, retroprojetores, mobiliário, realizou a pintura e a troca de vidros. A associação conseguiu arrecadar e investir R$ 60 mil. _

A garantia de todo cidadão brasileiro é de ter a certeza de dormir em sossego quanto ao processo eleitoral.

Cármen Lúcia

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral em discurso ontem na Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais

Perícia deve sair até novembro

A expectativa do procurador Cláudio Terre do Amaral é de que a perícia fique pronta até o começo de novembro.

O estudo próprio do MPF será feito por duas peritas, que são engenheiras sanitaristas, sendo uma de Santa Catarina e uma do Rio Grande do Sul. A análise é interdisciplinar e também pode contar com a participação de outros técnicos, como biólogos e geólogos.

- O MPF tem um corpo pericial bem robusto, com vários peritos espalhados pelo Brasil inteiro. As duas peritas têm notório conhecimento na matéria - explica Amaral.

Iniciada no primeiro semestre, a obra pretende encaminhar efluentes desde Xangri-lá até a bacia do Rio Tramandaí.

No momento, a obra está suspensa por decisão da 3ª Vara Cível da Comarca de Tramandaí. A Corsan garante que 100% do esgoto será tratado, com eficiência de 95%. O Movimento Unificado vê risco ambiental. _

INFORME ESPECIAL

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