A necessidade da chuva para voltar à normalidade
Há semanas o brasileiro vê o sol mais vermelho e o céu mais cinza. A fumaça e o incêndio do centro e do norte do país se espalharam para o restante do Brasil. Até quem não se interessava por pautas climáticas já sabe das causas: a seca, as queimadas (motivadas pela ação humana) e as relações da sociedade com a natureza.
O climatologista e meteorologista coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo, explica que a seca se arrasta no país desde janeiro de 2023. Agora, a situação é parecida e, segundo Marengo, é necessário observar como o fenômeno se apresentará nos próximos meses.
- As chuvas normalmente deveriam começar em outubro. Terá uma frente fria que possivelmente entre e produza algumas chuvas, mas não sei se isso vai diminuir o risco de queimadas - diz ele, completando:
- Teria de chover muito para que se recupere toda essa situação e voltemos ao normal.
Com as queimadas, vem a fumaça, que é carregada de partículas, fuligem e cinzas, que são transportadas pelo vento ao restante do país e podem gerar a chuva preta, como observado ontem em cidades gaúchas (leia mais nas páginas 6 e 7).
- Se não começar em outubro, podemos ter mais fumaça por alguns meses. Ou seja, tudo vai depender de como vai ser a estação chuvosa - projeta.
Adaptação
Para Marengo, a prevenção do aumento dos casos depende de medidas que precisam ser colocadas em prática, tanto pelo governo quanto pela população:
- Uma das causas desses extremos é justamente a emissão de gases de efeito estufa.
Por outro lado, reconhece ele, o governo está criando um plano de adaptação.
- Temos de pensar em medidas, porque não tem como combater o aquecimento global nem a mudança climática. Temos de nos adaptar. Uma forma, por exemplo, é previsão nacional do clima, emissão de alertas de desastres, preparação dos governos estaduais, municipais e federais para estações de incêndio mais comuns e frequentes nos próximos anos - diz Marengo, que também cita a necessidade de bombeiros especializados em incêndios florestais.
O cenário, segundo ele, é de apreensão para que o que está se vivenciando hoje não se repita nos próximos anos.
- Não podemos mais debater se mudança climática existe ou não. Já estamos sentindo os efeitos. Coisas como essas que estão acontecendo agora podem ser mais frequentes no futuro. _
Fatos controversos da vida de Alberto Fujimori
Papa pede proteção à "dignidade dos trabalhadores migrantes"
O jornalista Ariel Palacios publicou neste ano o livro América Latina lado B, que reúne histórias de Fujimori e de outros líderes latinos.
Eleito em 1990, em abril de 1992, o peruano deu um autogolpe de Estado, dissolveu o Parlamento e interviu no Poder Judiciário.
No início do governo, Susana Iguchi, esposa do líder peruano, descobriu o primeiro caso de corrupção do marido e o denunciou. Fujimori não gostou e ordenou que a polícia secreta, chefiada por Vladimiro Montesinos, torturasse a própria esposa.
Montesinos era fundador do grupo Colina, que operou massacres de civis e violações dos diretos humanos por anos.
Fatos também envolveram os filhos. Kenji era um deles. Quando brincava com amigos, quis passear em um helicóptero militar. Os oficiais atenderam o pedido.
Foi nos anos 2000, no entanto, que se deu o episódio mais polêmico. Fujimori viajou para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em Brunei. Ao fazer uma escala em Tóquio, anunciou que não retornaria e que ficaria por lá. Na sequência, enviou um fax com sua renúncia. _
O papa Francisco fez um apelo ontem por proteção à "dignidade dos trabalhadores migrantes", e a "salário justo" durante discurso para autoridades de Singapura, na Ásia.
O país tem 300 mil trabalhadores migrantes, a maioria de Bangladesh, Índia ou China, que atuam na construção civil com baixos salários. Recentemente, ONGs denunciaram o tratamento diferenciado aos migrantes e pediram melhores condições. Esta foi a última etapa da viagem do Papa, depois de passar pela Indonésia, Papua Nova Guiné e Timor-Leste. _
Biden aparece com boné de Trump
Um dia após o debate americano, o presidente, Joe Biden, apareceu vestindo, brevemente, um boné de Donald Trump. O fato ocorreu em visita ao Corpo de Bombeiros Voluntários de Shanksville, na Pensilvânia.
A foto viralizou e uma equipe de Trump chegou a agradecer, em tom de piada, o "apoio" do democrata.
A Casa Branca disse que gesto foi pela "união bipartidária" após homenagens pelo 11 de Setembro. _
Fórum pede vistoria em obras da Cadeia Pública
A entidade também pediu que o órgão internacional acompanhe pessoalmente a reforma que está sendo feita no espaço.
O Fórum é liderado pela Associação dos Juízes do RS (Ajuris) e, conforme o presidente Cristiano Flores, depois da vistoria foi possível constatar melhorias no prédio e isso motivou o pedido de suspensão.
- Nosso pedido para a suspensão da ação é para que não haja nenhuma determinação precipitada até que o órgão venha pessoalmente verificar as mudanças promovidas - afirmou Flores. _
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