segunda-feira, 9 de setembro de 2024


09 de Setembro de 2024
POLÍTICA E PODER - Paulo Egídio

Política e poder

O fim do ministério e o novo arranjo para o RS

Criado em maio para dar suporte à recuperação da catástrofe climática, o Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul está em seus dias derradeiros.

A medida provisória (MP) que criou a estrutura chefiada por Paulo Pimenta terá a vigência encerrada na quarta-feira sem apreciação no Congresso Nacional.

Com isso, Pimenta reassume o comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) e a pasta sediada no Estado será transformada em um órgão com status de secretaria, o que não depende de aval do Legislativo. A estrutura ficará subordinada à Casa Civil e deverá ser comandada por Maneco Hassen.

Ele é atual número 2 na hierarquia do Ministério da Reconstrução. Pimenta esteve em Brasília no final de semana para as celebrações da Independência e retorna nesta semana ao Rio Grande do Sul para apresentar o balanço completo do trabalho no Estado desde o dia 15 de maio.

Governança conjunta

Como legado do ministério extinto, será apresentada a criação de um "sistema de governança" para gerenciar as obras estruturais planejadas para conter as cheias futuras no RS, que serão bancadas por um fundo criado pela União.

O arranjo é fruto de entendimento com o governador Eduardo Leite, que vai liderar esse sistema ao lado de Pimenta e do titular da Casa Civil, Rui Costa.

Na prática, a despeito da extinção do ministério, Pimenta manterá o status de principal interlocutor para assuntos da reconstrução no governo federal, deverá fazer viagens frequentes ao Estado e manter contato permanente com o governo estadual.

Nos últimos dias, a relação entre o governador e o único ministro gaúcho da Esplanada se estabilizou, após passar por altos e baixos. No sábado, os dois posaram para fotos juntos durante o desfile da Independência que homenageou o RS na capital federal. _

Melo quer ampliar atos de rua e cogita licença da prefeitura

Diante da dificuldade em conciliar a agenda de prefeito com a de candidato à reeleição, Sebastião Melo (MDB) cogita se licenciar do cargo para ampliar a presença em atos de campanha. Neste caso, o comando da prefeitura ficaria com o vice-prefeito Ricardo Gomes.

Melo tem priorizado participar de atividades externas nos fins de semana - no sábado e ontem, circulou pelos piquetes do Acampamento Farroupilha.

Para esta semana, o plano da campanha é expandir os atos de rua, sobretudo em vilas populares. Melo diz que quer aumentar a participação nesses eventos, mas ressalta que ainda não tomou decisão sobre a eventual licença.

- Esse assunto está sobre a minha mesa. Tenho pensado sobre isso, mas quero tomar uma decisão segura. Tenho muita confiança no Ricardo, mas estamos em uma fase de reconstrução da cidade. Amanhã (segunda), por exemplo, tenho três ou quatro agendas que são de prefeito e tenho de estar na ponta - ponderou.

Ontem, Melo e a candidata a vice, Betina Worm (PL), aproveitaram a passagem pelos piquetes para conversar e posar para fotografias com eleitores.

- Recebi muitos elogios e muitas sugestões, com carinho muito grande, até dos adversários - relatou o prefeito. _

O retorno de Sessim

Neste ano, tentou se filiar ao PT, mas teve a ficha cancelada pela executiva estadual. Depois, ingressou no Avante para disputar a prefeitura.

Além dele, concorrem em Cidreira o prefeito Elimar Pacheco (PSDB), o ex-vice-prefeito Beto do Litoral (Podemos) e o veterinário Carlos Fuhro (PT). _

Desaparecido

Quem assiste aos programas do horário eleitoral em Porto Alegre ainda não deparou com menções ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Enquanto o presidente Lula (PT) aparece na TV pedindo votos a Maria do Rosário, seu opositor não é lembrado na campanha - seja pelo prefeito Sebastião Melo, que é apoiado pelo PL, seja pelos adversários, para tentar desgastar a imagem de Melo. _

Dinastia petista

Pela sexta eleição consecutiva, o PT levará a prefeitura de Itatiba do Sul, município de 3,2 mil habitantes da região do Alto Uruguai.

O prefeito Valdemar Cibulski, conhecido como Polaco, e o vice, Célio Fiabani, concorrem à reeleição com chapa única, em coligação com o PDT. A dinastia petista vige desde 2000, mas pela primeira vez a oposição não apresentará candidato na cidade. 

Para a fúria dos correligionários de Novo Hamburgo, Onyx Lorenzoni confirmou apoio a Tânia da Silva (MDB) para prefeita. O PL local indicou o vice na chapa de Gustavo Finck (PP).

Boas novas

O governador Eduardo Leite deve aportar em Viamão nos próximos dias para reforçar o apoio a Rafael Bortoletti, candidato que tenta manter o PSDB à frente da prefeitura.

Apoiadores de Bortoletti aguardam ansiosos dois anúncios de Leite com potencial para turbinar a campanha tucana: a licitação para a duplicação da Estrada Caminho do Meio e a reabertura da maternidade no Hospital de Viamão. _

mirante

Até adversários reconhecem: a equipe de Sebastião Melo acertou a mão nos jingles da campanha produzidos até agora. O mais recente destaca o chapéu de palha usado pelo prefeito.

A convite da Comissão de Finanças, a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, irá à Assembleia hoje para detalhar o impacto do projeto de reforma nas carreiras dos servidores, aprovado no final de julho. O requerimento partiu do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL).

POLÍTICA E PODER

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