11 DE SETEMBRO DE 2020
+ ECONOMIA
Porto Alegre perde renda
O auxílio emergencial reduziu a pobreza no Brasil, mas o coronavírus provocou grandes estragos na renda do trabalho, conforme estudo da FGV Social. O Rio Grande do Sul foi o oitavo Estado que mais perdeu no segundo trimestre deste ano, com queda de 20,5% em relação a igual período de 2019, e Porto Alegre foi a terceira capital com maior tombo, de 29,2%, quase igual ao das duas mais afetadas, Recife (29,5%) e Maceió (29,4%).
O dado da capital gaúcha está muito acima da média nacional, de queda de 20,1%. Essa perda levou a renda média de R$ 1.118 para R$ 893 no país.
O dado de Porto Alegre chama atenção por ser muito maior do que o de Curitiba (-21,3%) e corresponder a quase 10 vezes ao de Florianópolis, onde a renda só diminuiu 3,9% na comparação trimestral.
A principal causa da queda na remuneração do trabalho, conforme Marcelo Neri, diretor da FGV Social, foram os cortes na jornada de trabalho. No Rio Grande do Sul, o número de horas trabalhadas diminuiu 8,4%, enquanto o salário por hora encolheu 7,3%. Em Porto Alegre, o número de horas trabalhadas recuou 7,3%, e o salário por hora caiu 13,9%.
Três letrinhas
A bolsa de valores do Brasil criou um índice para classificar empresas que cuidam tanto de seu impacto social e ambiental quanto da gestão. Tendência global, a busca pelo carimbo ESG (da sigla em inglês para Environmental, Social and Governance) avança no Brasil, que tenta superar a má imagem ambiental.
Na listagem nacional, a gaúcha Lojas Renner é a mais bem colocada. O índice exclui empresas que não aderem aos princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Para ficar bem colocada no índice ESG, a empresa tem de somar determinada pontuação. A Renner teve a mais elevada, por isso, alcançou o topo.
3,78%
foi a queda nas ações da Petrobras, ontem, que ajudou a levar a bolsa de valores à perda de 2,43% e, em consequência, do nível de 100 mil pontos.
MARTA SFREDO
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