29 DE SETEMBRO DE 2020
INFORME ESPECIAL
Corações vigilantes
A Sociedade de Cardiologia do RS aproveitou o Dia Mundial do Coração - comemorado hoje - para investigar como anda a saúde cardíaca dos gaúchos. Depois de ouvir moradores da Capital, da Região Metropolitana e de cidades no Norte do RS com idades entre 18 e 49 anos, os resultados chamam atenção para a queda do interesse pelo cigarro e para a inclinação ao consumo de alimentos saudáveis, à prática de exercícios físicos e a outros hábitos que ajudam a diminuir o risco de doenças.
- Um dos melhores aspectos está relacionado ao cigarro, já que 77% dos entrevistados nunca fumaram. É ainda mais positivo por sabermos que Porto Alegre constuma estar entre as capitais com mais fumantes no país - afirma o cardiologista Carlos Ferreira, diretor da Sociedade de Cardiologia do RS.
O estudo foi feito em setembro com 300 pessoas. A maioria dos participantes (47,7%) são jovens adultos entre 18 e 25 anos de idade, seguida pela população que tem entre 34 e 41 anos (20,3%).
- Surpreende termos pessoas jovens buscando melhorar a qualidade de vida e seus hábitos precocemente. Acreditávamos ser raro encontrar essa população tão preocupada com temas como o colesterol e a pressão alta - complementa Ferreira.
Nos resultados abaixo, em alguns itens a soma não chega a 100% porque apenas as respostas mais citadas foram incluídas.
O debate drive-in funcionou
Para o ouvinte da Rádio Gaúcha, parecia que o mediador e os candidatos estavam em um estúdio. A qualidade do som e o primor técnico da transmissão fizeram esquecer que os candidatos estavam em um estacionamento, cada um em um carro. Garanto, não é fácil. Não basta ter equipamentos e tecnologia, é preciso saber usá-los.
Para o eleitor, foi possível ter contato, pela primeira vez, com as estratégias e os jeitos de cada um no ambiente da campanha. O grande número de vozes diluiu o foco, é verdade. Mas o tom geral dos discursos e os temas centrais estão postos à mesa: pandemia, transporte público, abastecimento, empreendedorismo e contas públicas. A mediação de Daniel Scola encontrou o tom certo, leve, sério, descritivo quando necessário, dando ao ouvinte o ambiental de um debate inédito, feito de dentro de carros estacionados lado a lado.
É só o começo. E foi um baita começo.
TULIO MILMAN
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