terça-feira, 16 de março de 2010



16 de março de 2010 | N° 16276
PAULO SANT’ANA


Quem é Paulo Sant’Ana

Não sei quem é A. César Veiga, que escreveu um artigo a meu respeito, mas sentiria prazer em conhecê-lo. Gostei muito do que escreveu, que circula na internet. Eis o artigo:

Acredito que seja que nem o Estado brasileiro do Acre; está no mapa, mas alguns acreditam que não exista. Sabem onde ele compra o peixe na Semana Santa? Ele já assistiu ao Pânico na TV? Que perfume usa?

Já pensei por vezes que essa biografia jamais será desvendada, pois com as pessoas públicas a privacidade é ouro.

Vi um número infindável de vezes o Paulo Sant’Ana na televisão, principalmente naquela época do Jornal do Almoço em que ele vestia a personagem de gremista fanático.

Acredito que o Paulo Sant’Ana seja um amante do futebol, e para esses não há um time a torcer, eles torcem pelo esporte na sua totalidade.

Manchete: Paulo Sant’Ana também é colorado...

Ao vivo, em cores e em 3D, Paulo Sant’Ana foi-me mostrado pela sincronicidade da vida em três oportunidades.

Na primeira, ele entrou na tabacaria e comprou um maço de cigarros. A proprietária era minha ex-sogra. Ele fez o pedido e ficou a esperar como se estivesse boicotando a vida. Sua postura era a de um simulador, construindo a sua imortalidade. Lançou um olhar de raio X sobre o estabelecimento e ficou a observar... Apenas observar.

Recebeu seu veneno predileto e deixou seu corpo ir em direção à porta. Olhou para ambos os lados da rua e apenas permitiu que a energia do deixar ir acontecesse.

Na segunda vez, foi em um show do Roberto Carlos no Gigantinho. Sua entrada, antecipando a do Rei da Jovem Guarda, foi apoteótica... Mudanças inesperadas ocorreram! A voluptuosidade feminina encharcou o ginásio...

Tive vontade de desprender-me da velha pele e começar um novo ciclo em minha vida; agora sim como César Sant’Ana... Mas tive cuidado com aqueles desejos, pois fiquei com medo de que eles se tornassem a realidade (risos). Certamente não estaria preparado.

Paulo Sant’Ana caminhou entre o público como se fosse para um tempo onde as circunstâncias externas deste mundo o afetassem muito pouco. Assemelhava-se a um guerreiro pacífico! Sentou-se solitário próximo ao palco e ali parecia que estava a mudar a sua vida, mudando os seus pensamentos.

Escolheu ser feliz!

Na terceira vez, passei por Paulo Sant’Ana em sua camioneta na Christiano Fischer... Eu estava em outro carro; um pouco apressado, confesso. Em uma velocidade restrita e novamente com sua fumaça entre os lábios, vi-o observar a paisagem em sua frente num processo que chegava próximo ao eterno. É como se nunca fosse chegar ao fim!

Ele não estava observando somente o externo... Acredito que ele estivesse se importando em observar a si mesmo. À distância, pelo retrovisor, vi-o desaparecer...

Espero vê-lo mais vezes.

Acredito que não haja mais limite entre o que o público chama de realidade física Paulo Sant’Ana e o que imaginamos que seja o Paulo Sant’Ana. É tudo a mesma coisa. É somente uma questão de como, quando e onde nós queremos que ele se manifeste. Olha que coisa incrível...

Será que ele tem consciência disto?

Paulo Sant’Ana é uma pessoa pública sem prazo de validade... Paulo Sant’Ana, com suas crônicas, faz para si mesmo uma bela história, de modo que o próprio momento seja a sua história...

Conjecturando, creio que o Paulo Sant’Ana trate a sua mente como se fosse um menino pequeno, criando-o amorosamente para que ele fique mais sábio a cada dia. Deve conduzi-lo para bons caminhos, fazendo-o consciente de que os objetos visíveis são produtos da própria ilusão.

Como um pai zeloso, batalha para remover todos os seus medos e pontos fracos, focalizando sua atenção somente no manejo brando e paciente para assim corrigir seus caprichos... Corrigir seus caprichos fixando na mente do seu menino a atitude da renúncia!

Este deve ser Paulo Sant’Ana.

Tal como você pensa em seu coração, assim você é, Paulo Sant’Ana.

Acredite, quando você materializa sua alma em sua coluna, você faz muitas, muitas pessoas felizes.

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