Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 1 de agosto de 2009
Suze Orman, a celebridade das finanças
Ela xinga, dá bronca e intimida. Mas, ao traduzir o mundo das finanças, a consultora Suze Orman se tornou uma das figuras mais populares dos EUA
José Fucs
SEM MISTÉRIO
Orman, de 57 anos, publicou nove livros, que venderam um total de 11 milhões de exemplares. A simplicidade de sua mensagem fez dela um fenômeno de massaEla não é uma rainha da música pop nem atriz de Hollywood. Também não ganha a vida na arena esportiva nem apareceu nua em capas de revistas masculinas.
Sua matéria-prima são os números e as questões financeiras do dia a dia. Mas, apesar de tratar de um assunto árido para a maioria das pessoas, a consultora Suze Orman tornou-se uma celebridade. Ela é hoje uma das figuras mais populares dos Estados Unidos.
É a Suze Orman que centenas de milhares de americanos – especialmente mulheres – recorrem quando querem opiniões sobre o que fazer com seu dinheiro. Até o governo recorreu a ela no ano passado, no auge da atual crise econômica, quando produziu um anúncio para divulgar o aumento da cobertura do seguro de depósitos bancários e explicar o significado prático da medida.
Cada palestra sua – ela dá duas ou três por mês – custa US$ 80 mil. Para efeito de comparação, o ex-vice-presidente Al Gore, hoje um porta-voz do movimento contra o aquecimento global, cobra US$ 100 mil por palestra. O diretor de cinema Spike Lee e o jornalista Bob Woodward, que desvendou o caso Watergate nos anos 70, ganham de US$ 25 mil a US$ 40 mil.
Loira, de olhos azuis, quase sempre bronzeada e com um sorriso tão perfeito que parece produzido em laboratório, Orman, de 57 anos, transformou-se num fenômeno de mídia. Em junho, foi tema de uma reportagem de capa da revista de domingo do New York Times. “Com a crise econômica, a guru das finanças pessoais ganhou a atenção da América”, diz a reportagem. “Ela se tornou uma espécie de consultor nacional confiável.”
Seu programa semanal de meia hora na TV, The Suze Orman show, está no ar há apenas um ano, mas já é um dos líderes de audiência da TV por assinatura CBNC, especializada em economia e negócios. Ela também é uma das campeãs de vendas do canal de compras QVC, com o programa Suze Orman financial freedom (A liberdade financeira de Suze Orman) .
Num único dia, chegou a faturar US$ 1 milhão com a venda de seus livros e kits de planejamento financeiro, que custam US$ 48 cada um. Seu talento para falar sobre temas financeiros para o grande público já lhe rendeu dois Emmys, o maior prêmio da TV americana.
Orman participa com frequência do programa da apresentadora-estrela Oprah Winfrey, voltado para o público feminino. Há cerca de dez anos, ela assina também uma seção fixa – Ask Suze (Pergunte a Suze) – na revista de Oprah, O.
Seus nove livros de autoajuda financeira (nenhum publicado no Brasil) já venderam um total de 11 milhões de cópias (leia o quadro na próxima pág.). O mais recente, lançado em janeiro – Suze Orman’s 2009 action plan (O plano de ação de Suze Orman para 2009) –, traz orientações para os leitores administrarem com eficiência suas finanças em meio à crise global. Já vendeu 950 mil cópias e teve 2 milhões de donwloads oferecidos por Oprah em seu programa de TV durante uma semana.
O sucesso de Orman se deve, em boa medida, ao apoio que teve de Oprah desde que lançou seu primeiro livro, há 15 anos. Mas ela dificilmente teria se mantido em evidência por tanto tempo se não tivesse brilho próprio. Mesmo num país em que há um consultor financeiro pessoal em cada esquina, Orman conquistou uma legião de fãs graças a sua capacidade de traduzir o complexo mundo das finanças para a linguagem do cidadão comum.
Ao contrário de muitos financistas, ela não ficou famosa por uma grande tacada na Bolsa ou por falar mal das políticas econômicas do governo. É a simplicidade de sua mensagem que a faz tão popular. Controle seus gastos. Fuja das dívidas. Cuide de seu carro. Fique de olho na aposentadoria. Um de seus bordões mais conhecidos é: “Você está brincando comigo?”.
Em seus comentários sobre finanças pessoais, Orman também carrega na emoção. Muitas vezes, sua linguagem é dura e deixa seus interlocutores constrangidos. Oprah costuma referir-se a seus problemas como “surras”(smackdowns, em inglês).
“Sinto pena de vocês”, disse Orman recentemente no programa de Oprah ao dar orientações para um casal em dificuldades financeiras. A dupla estava desempregada, não tinha seguro-saúde, carregava uma hipoteca com saldo maior que o valor de mercado do imóvel e só conseguia pagar as contas com o auxílio de seus 29 cartões de crédito.
“Gostaria de dizer que sinto empatia por vocês, porque perderam o emprego, estão vivendo um grande estresse e não têm seguro-saúde para seus filhos. Mas vocês são duas pessoas orgulhosas, que vivem num mundo de mentiras, gastando dinheiro com esse imóvel que vocês dizem que podem comprar.”
Com o sucesso que alcançou em seus quase 30 anos de trabalho na área financeira, Orman diz ter amealhado um patrimônio financeiro estimado hoje – com a queda dos preços das ações e de outros ativos – em cerca de US$ 20 milhões.
Muita gente acredita que ela tenha bem mais que isso. Possui também imóveis que valem alguns milhões, como um apartamento de 400 metros quadrados no Plaza, um condomínio luxuoso em Nova York, e uma casa em Fort Lauderdale, na Flórida.
No início de 2007, Orman decidiu “sair do armário”. Revelou ao The New York Times que é lésbica. Disse que estava casada desde 2000 com sua parceira Kathy Travis, ex-executiva da Ogilvy & Mather, uma das maiores agências de publicidade do mundo, hoje sua empresária.
Na entrevista, quando a jornalista Deborah Solomone lhe perguntou se ela era casada, Orman respondeu: “Estou numa relação com vida”. A jornalista perguntou o que isso significava, e Orman disse: “K.T. é a minha parceira de vida. K.T. são as iniciais de Kathy Travis. Estou com ela há sete anos. Nunca tive um relacionamento com um homem em toda a minha vida. Aos 55 anos, ainda sou virgem”.
Orman disse que gostaria de poder casar legalmente com a parceira e reclamou do impacto financeiro que essa restrição poderá ter em suas vidas. “Nós duas temos milhões de dólares em nossos nomes”, diz. “E me dá raiva saber que, quando eu morrer, K.T. vai perder 50% de tudo o que eu tenho para a Receita Federal. Ou vice-versa.”
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