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terça-feira, 6 de março de 2012
06 de março de 2012 | N° 17000
ARTIGOS - Jose Clovis de Azevedo*
Um novo tempo para a educação(14)
Os professores da rede estadual iniciam o ano letivo de 2012 recebendo do governo a proposta que assegura 76,6% de reajuste salarial em quatro anos. O vencimento básico do professor com formação superior, a ampla maioria, passará de R$ 1.319,35 em janeiro de 2011 para R$ 2.331,41 em novembro de 2014.
O salário médio do vencimento inicial que era de R$ 2.767,81 em janeiro de 2011 será de R$ 4.885,19 em novembro de 2014. E o salário do topo da carreira será de R$ 5.671,34 em novembro de 2014. Além desses reajustes, o governo se dispõe a voltar a discutir a correção da inflação de 2013 e 2014.
Esta é uma proposta sem precedentes na história da Educação do nosso Estado. É uma ação concreta do governo em cumprimento ao compromisso com a recuperação da educação pública do RS. Trata-se do empenho em resgatar a dignidade dos educadores, valorizando o seu trabalho, possibilitando-lhes uma vida melhor e fortalecendo a autoestima das comunidades escolares, tendo sempre presente o objetivo maior da educação, o ensino de qualidade.
Além dos salários, estão sendo tomadas medidas para qualificar a situação funcional dos educadores. Estamos em pleno processo de realização do concurso público para nomear mais de 10 mil professores em substituição aos contratos precarizados. A carreira está sendo fortalecida com a retomada das promoções por merecimento e por antiguidade, orientadas por um novo sistema de avaliação, que valoriza o esforço do professor no aprimoramento de sua formação e no comprometimento com a melhoria da permanência e da aprendizagem dos educandos.
Mas a qualidade do ensino não pode ser reduzida a melhorias funcionais e à questão salarial. Por isso, o governo está incidindo sobre todas as variáveis que impactam a melhoria do ensino. A política de formação permanente que está sendo colocada em prática tem como objetivo possibilitar aos educadores a apropriação dos instrumentos teóricos e práticos que as conquistas da ciência disponibilizam à educação. A criação de uma cultura de estudo e investigação entre os educadores é condição necessária a uma ação pedagógica eficiente e comprometida com a garantia do direito de todos os educandos à aprendizagem com qualidade.
Ao mesmo tempo estamos desencadeando um esforço concentrado para recuperação física de todas as escolas da rede, constituindo espaços de lazer, de atividades culturais e esportivas, sala de estudos para educadores, climatização e áreas verdes.
Trabalhamos com a concepção de espaço escolar com estética e recursos que resgate a dignidade de todos os que partilham as atividades educativas. Modernização tecnológica também está entre as prioridades e começa pelo projeto Um Computador Por Aluno, que se inicia em Bagé em março e se expandirá para a Fronteira e a Região Metropolitana.
*Secretário de Estado da Educação
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