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terça-feira, 20 de março de 2012
20 de março de 2012 | N° 17014
PAULO SANT’ANA
Hino Nacional
Com pompa e circunstância, foi assinado ontem no Beira-Rio o contrato de reforma do estádio pela empreiteira Andrade Gutierrez.
Abriram a cerimônia os hinos Nacional e do Internacional. A solenidade foi assistida pelo público e por destacadas autoridades.
O evento se tornou tão justificadamente importante, que foi coberto pelo rádio e pela televisão, deslocando-se até a cerimônia não só os repórteres das emissoras, mas também os seus apresentadores, o que faz prever que o mesmo se repetirá quando da inauguração da Arena do Grêmio com maior razão ainda, afinal não será o “nosso clube” nem a “nossa empreiteira”, mas conterá também algum significado.
Não acho, como os mais apressados, que tenha sido um exagero que se tenha tocado o Hino Nacional na solenidade de uma simples assinatura de contrato de uma reforma de estádio.
O Hino Nacional foi feito exatamente para isto: ser executado sempre que houver uma vibração cívica, popular.
O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, não se mostrava na solenidade, como alguém poderia imaginar, constrangido, como se tivesse sido obrigado a assinar o contrato. Isso faz crer que não foi pressionado por nenhuma autoridade para levar à frente a reforma.
Não sei se isto é possível (acho que é), mas torço para que seja designada a Argentina, caso se classifique nas eliminatórias, para jogar a Copa do Mundo no Beira-Rio.
Pela proximidade do Prata com o Rio Grande do Sul e pela presença de Messi na seleção portenha, Porto Alegre atrairia a atenção do mundo para a disputa dos jogos pela Argentina e mais ainda se justificaria esse esforço extraordinário do presidente Giovanni Luigi, do prefeito Fortunati e do governador Tarso para realizar a Copa no Beira-Rio, os líderes desse importante movimento que lutou pela Copa no Beira-Rio, culminado ontem mas que nos últimos 30 dias teve uma notável cobertura (e luta) de imprensa.
Se a Argentina não for designada para Porto Alegre, a Copa do Mundo aqui em nossa cidade perderá 90% do interesse.
Houve só uma gafe do presidente da Andrade Gutierrez no programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, quando estava sendo entrevistado pela Carolina Bahia. Perguntado sobre quando se iniciariam as obras da reforma do estádio, respondeu que será no dia 1º de abril.
Maior ainda a gafe porque 1º de abril cai num domingo.
Está se ferindo um golpe na economia dos porto-alegrenses. Ocorre que alguns bombeiros de postos de gasolina abordam os clientes, principalmente incautas mulheres, afirmando a eles que o extintor de seu carro está vencido.
Como ninguém sabe ver vencimento de extintor de incêndio, os clientes aceitam trocar o equipamento.
Só que a validade de um extintor de incêndio, ao que parece, é de cinco anos. Trocam, assim, extintores válidos, numa despesa inútil para os clientes, o que para mim configura o crime de estelionato.
Já houve caso de trocarem extintor com prazo vencido por outro de prazo vencido.
Isso tem de ser coibido imediatamente pelas autoridades.
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