sexta-feira, 16 de dezembro de 2011



16 de dezembro de 2011 | N° 16919
NÍLSON SOUZA | NILSON SOUZA - INTERINO


Nem com 16

Ninguém errou o prognóstico de que o Barcelona aplicaria uma goleada no Al-Sadd, pelas semifinais do Mundial de Clubes da Fifa. Mas a previsão mais significativa foi feita na véspera pelo técnico do time do Catar, Jorge Fossati, quando perguntado se tinha uma fórmula para parar o time espanhol. O uruguaio brincou:

– Já encaminhei à Fifa um ofício pedindo permissão para escalar um time com 16 jogadores. Estou aguardando a resposta.

Nem com 16 aquele time de Fossati ganharia do misto do Barcelona, que Pep Guardiola escalou para o primeiro jogo no Japão. Foi um treino de dois toques, ataque contra defesa, com a legião estrangeira do Barça se divertindo e divertindo o público.

Os gols saíram ao natural, três deles em falhas do goleiro Saqr, coincidentemente os que foram marcados pelos brasileiros Adriano e Maxwell, ambos reservas. O único gol bonito foi marcado pelo malinês Keita, passe perfeito do argentino Messi, com o pé direito, para confirmar o ritmo de treino do jogo.

Roda de bobo

O esquema de jogo do Barcelona é a rodinha de bobo, aquela brincadeira que os jogadores gostam de fazer no aquecimento ou no intervalo de treinos físicos. Quem já chutou uma bola sabe: o grupo forma um círculo, um (ou dois, às vezes, para complicar) jogador vai para o meio e tenta recuperar a bola, que é tocada de pé em pé pelos demais, sem que possam dar mais de um toque ou deixá-la escapar da área delimitada.

Serve para aprimorar a habilidade, a qualidade do toque e, principalmente, a rapidez de raciocínio. O Barça faz isso nos jogos, com a diferença de que coloca os 11 adversários na roda.

Um outro nome ainda mais simples para o esquema, e bem adequado para o futebol espanhol, poderia ser Olé.

Messi x Neymar

O argentino não marcou na estreia, o brasileiro fez um golaço. Mas Messi foi muito mais participativo, até porque sua equipe jogou todo o tempo no campo adversário e a bola chegava a ele com frequência. A diferença maior não está na qualidade individual: está na companhia.

Pelé x Maradona

Patriotadas à parte, nunca saberemos quem realmente jogou mais. Na comparação de jogadores de épocas diferentes, o que decide é o coração. Mas os torcedores do Santos e do Barcelona sabem que a camisa 10 de suas respectivas equipes jamais cairá tão bem em outros jogadores.

Fratura

Villa fraturou a tíbia, Sánchez sofreu uma lesão muscular e o jovem Cuenca levou uma batida no joelho. E o Barça lá precisa de centroavante? Todos são centroavantes.

Flecheiro

Depois do Gladiador, outro guerreiro para a Arena do Grêmio. Um dos apelidos do boliviano Marcelo Moreno é “flecheiro”, porque ele gosta de simular o arremesso de uma flecha na comemoração dos gols.

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