quinta-feira, 22 de dezembro de 2011



22 de dezembro de 2011 | N° 16925
PAULO SANT’ANA


Direito de resposta

Obrigado somente por questão de consciência, estou publicando hoje direito de resposta a uma coluna que escrevi aqui esses dias, criticando associação de moradores do Bom Fim por seu posicionamento contrário ao cercamento da Redenção. Eis a resposta:

“Querido, se nos permite assim chamá-lo, jornalista Paulo Sant’Ana. Encaminhamos, após reunião de nossa diretoria, esta missiva no intuito de fazer um contraponto a suas afirmações sobre a Associação dos Amigos do Bairro Bom Fim, publicadas na sua coluna em Zero Hora na edição de sábado, 10 de dezembro. Só pudemos atribuir à desinformação os termos utilizados sobre a nossa entidade, que, aliás, se chama Associação dos Amigos do Bairro Bom Fim.

Não somos e nunca fomos uma entidade fantasma. Da ação recente dos seus dirigentes resultou a construção e reforma do posto policial até hoje em uso no bairro, a reconstrução do Mercado Bom Fim, que após a sua irresponsável demolição no final da década de 90, por muito pouco não foi reerguido, as lutas por causas não menores, como a de instalação de semáforos, faixas de segurança, melhorias na iluminação de nossas vias, e intensos debates por maior segurança em nossa comunidade, que, inclusive, resultaram na criação do Conselho Comunitário de Segurança do Bom Fim.

Poderia aqui listar inúmeras outras atividades realizadas, como a nossa participação no 5º Congresso da Cidade, no Congresso da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa), gestando projetos com outros parceiros, como o da edição de uma cartilha de segurança e a luta para garantir a permissão legal para que os proprietários dos imóveis possam manter floreiras, mesmo que dentro de normas mais rigorosas, no entorno das árvores junto aos passeios públicos.

Infelizmente, desde 2006, por decisão de um secretário municipal, fomos retirados de nossa sede, que funcionava em regime de comodato no Mercado do Bom Fim, e desde então a documentação se encontra transitoriamente no escritório do presidente da entidade e as reuniões ocorrem em espaços conhecidos da comunidade, como a Associação Hebraica, e na própria sede da administração do Parque Farroupilha.

Dessa forma, nossa entidade é real, palpável e atuante em inúmeras demandas da complexa comunidade que atendemos. Espero que os esclarecimentos tenham sido de valia ao nobre profissional da imprensa, que com sua influência pode tanto elevar como destruir a imagem de uma pessoa, entidade, enfim.

Acreditamos no seu poder de discernimento e não será o fato de estarmos em lados opostos quanto ao tema do cercamento que nos tornará inimigos. Afinal, cada um tem pleno desejo de estar defendendo os interesses da sociedade. Nós, quando tomamos posição sobre o cercamento, sempre o fizemos amparados em consultas feitas à comunidade, com formulários, enquetes, que nos dessem elementos e nos guiasse um posicionamento.

Jamais colocaríamos nossas vontades pessoais acima do interesse coletivo e é assim que temos nos comportado ao longo dos anos, independente de quem esteja à frente de nossa entidade, já que o amplo debate é um dos nossos preceitos estatutários. (ass.) Carlos Alexandre Randazzo, presidente da Associação Amigos do Bom Fim (ABF)”.

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