sexta-feira, 30 de dezembro de 2011



30 de dezembro de 2011 | N° 16932
NILSON SOUZA - INTERINO


Valor de craque

Rafael Toloi certamente seria um companheiro adequado para Rodrigo Moledo, e o Internacional teria uma zaga forte por muito tempo. O zagueirão do rebaixado Goiás tem apenas 21 anos e já foi campeão sul-americano com a seleção sub-20. Vários clubes brasileiros já se interessaram por ele, inclusive o Grêmio, que chegou a propor uma troca por quatro jogadores quando Renato Gaúcho ainda era o treinador.

Outra curiosidade é que Toloi, natural de Glória D’Oeste, no Mato Grosso, foi lançado no time principal do Goiás por Caio Júnior. Seu empresário é Juan Figer, que também vem tentando colocá-lo em clubes europeus. O único probleminha, ou problemão, é a multa rescisória cobrada pelo Goiás: cerca de R$ 39 milhões. Valor de craque consagrado. Diante deste quadro, fica mais fácil para o Inter repatriar algum brasileiro que queira voltar para casa ou mesmo contratar outro estrangeiro.

Intermediação

O futebol profissional está definitivamente transformado num negócio em torno do qual gravitam os mais diversos interesses. Qualquer jogador em início de carreira já tem procurador, assessor de imprensa, agente de publicidade e outras coisas mais. Treinador só se mantém na crista da onda se tiver um bom empresário. E os intermediários alcançam mais sucesso quando contam com a ajuda de pessoas influentes nos clubes, em alguns casos mediante comissões. Aí talvez esteja a explicação para os valores astronômicos dos contratos.

Lista

O jornal Gazzetta Dello Sport fez uma lista de 10 jogadores sul-americanos que estão na mira de clubes italianos na virada do ano. Seis são brasileiros: Leandro Damião, do Inter; Dedé, do Vasco; Ganso, do Santos; Paulinho, do Corinthians; Lucas e Casemiro, do São Paulo.

Vitalidade

Gosto tanto de futebol que sou capaz de parar num campinho de beira de estrada para ver moleques disputando a mais indigente das peladas, com dois ou três jogadores para cada lado. Por isso, acompanhei com prazer na televisão o jogo festivo que Zico costuma organizar a cada final de ano, e que desta vez foi realizado no Morumbi, em São Paulo, com 35 mil espectadores pagando para ver atletas e ex-atletas prestando uma homenagem bonita ao falecido doutor Sócrates.

Todos se divertiram, principalmente Neymar e Lucas, que não apenas puderam atuar ao lado dos “avôs” Zico e Raí, mas também porque tiveram a oportunidade de mostrar o quanto a juventude e a vitalidade são determinantes neste esporte. Era uma brincadeira, óbvio, mas os garotos passavam voando pelos ex e exibiam talento e habilidade com gosto. Como diz o Eclesiastes, tudo tem o seu tempo certo.

Vaia

Jogo no Morumbi, com presença de torcedores de vários rivais do Santos, era previsível que Neymar recebesse marcação especial de corintianos, são-paulinos e palmeirenses. Cada vez que ele pegava a bola, alguns grupos gritavam “Messi” ou “firuleiro”. Mas ele mostrou maturidade: fez o seu jogo com desenvoltura e, no final, confessou sua decepção com as vaias, mas lembrou que a rivalidade também é uma coisa gostosa.

O colunista Wianey Carlet está em férias

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