terça-feira, 13 de dezembro de 2011



13 de dezembro de 2011 | N° 16916
PAULO SANT’ANA


Pior que a velhice?

Estava eu de conversa com meu amigo de todas as horas, Fernando Ernesto Corrêa.

Quando ele me disse: “A única coisa pior que a velhice é a morte”.

E eu respondi: “Estás redondamente enganado, meu amigo, a única coisa melhor que a velhice é a morte”.

Meu amigo FEC concordou que estava inicialmente enganado.

Já o meu amigo Flávio Tavares me socorre de imediato: “A velhice é a aspiração máxima de todos nós. Quem é que quer morrer jovem?”.

A morte é uma carnívora assanhada/ serpente má de língua envenenada/ que tudo que acha no caminho come/ sinistra e atra mulher que a 1 de janeiro/ sai para assassinar o mundo inteiro/ e o mundo inteiro não lhe mata a fome.

Os versos são de Augusto dos Anjos. Talvez por ser fanático fã desse lendário poeta paraibano, falo tanto de morte em minha coluna.

E, como falo tanto em morte, o leitor Rodrigo Lopes, proprietário da Funerária Lagoense Ltda., em Lagoa Vermelha, me mandou gentilmente oferecer os seus serviços profissionais.

Tutufum!

Entusiasmante: já há trajetos prontos da ciclovia da Avenida Ipiranga. Emocionante que essa obra tenha saído do papel e esteja sendo entregue à população.

O meu sonho é que, na nova travessia do Guaíba, coloquem na ponte uma ciclovia para andar ao lado dos carros.

Pedalar olhando de cima para o Guaíba deve ser uma visão paradisíaca.

Eu possuo em minha casa uma raridade: uma garrafa de uísque Ballantines de 30 anos de envelhecimento que me foi dada de presente por Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que me recebeu 30 anos atrás na sua Ilha da Gipoia, em Angra dos Reis, um lugar maravilhoso.

Já tenho na ideia para quem servirei em minha casa esse uísque dos deuses.

A gente pensa que é fácil cozinhar. Mas a incomparável polenta do Galeto do Marquês leva mais de 24 horas para ser feita. Ela é preparada artesanalmente e acaba crocante na mesa dos clientes.

Delícia como aquela não há outra igual na cidade.

Foi eu escrever aqui sobre nhoque e choveram manifestações de leitores me indicando diversos lugares de Porto Alegre onde se comem bons nhoques.

Tudo bem, podem ser bons, mas não se comparam aos nhoques que citei e que comi no passado, que se desmanchavam na boca.

Os que existem na cidade, desculpem-me, mas não se desmancham na boca. Ninguém ainda conseguiu na cidade fazer um nhoque macio. São comíveis os que existem aqui, conheço-os todos, todos. Afirmo peremptoriamente, no entanto, que não se desmancham na boca.

Nenhum comentário: